O número de consumidores maringaenses que estão colocando suas contas em dia vem crescendo nos últimos cinco meses. Entre junho e outubro o índice de pessoas com contas em atraso caiu de 16,1% para 9,2% na cidade, menor patamar dos últimos 12 meses. Os números fazem parte do Índice de Confiança do Consumidor de Maringá (ICCM), desenvolvido pelo Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pela Associação Comercial e Empresarial (Acim). O percentual de outubro superou o de maio, quando os consumidores com dificuldade em saldar suas dívidas somavam 9,1%.
Entre os 9,2% de devedores, 2,6% tem contas fixas e 6,6% tem despesas variáveis. Dentro do mesmo grupo, 4,3% tem contas com menos de um mês de atraso, 3% estão com atraso de 1 a 3 meses e 1,9% devem a mais de seis meses. A pesquisa realizada em outubro entrevistou 540 consumidores maringaenses.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Joilson Dias, do Conselho de Desenvolvimento de Maringá (Codem), a melhora foi puxada principalmente pelas expectativas de emprego, renda e da economia nacional, que registram crescimento. O Índice de Expectativa de Emprego aumentou 7,06 pontos em relação a setembro, atingindo 119,6, contra 112,6 do mês anterior. A expectativa nacional seguiu a mesma tendência atingindo 118,7 pontos no último mês, contra 114,6 anteriormente.
"Essa pesquisa mostra a satisfação das famílias, desde o aspecto financeiro até o grau de felicidade. Constatamos que o consumidor maringaense está reticente agora, mas porque está colocando as contas em dias", disse Dias. Para o professor esse é um fator positivo, pois as pessoas estarão mais dispostas a consumir no fim do ano.
Já a capacidade de saldar as dívidas melhorou em todas as faixas etárias. "Inclusive entre os jovens entre 18 e 24 anos, que são os que têm mais dificuldade", explicou Dias.
Embora em ascendência, a expectativa de emprego caiu 8,6 pontos em relação ao mês de outubro do ano passado, quando o índice era 128,2.
Já o ICCM segue em alta, assim como apontado em pesquisas em nível nacional. Em relação a setembro, o índice subiu 2,4 pontos, chegando a 126,4, o que indica uma expectativa positiva para os próximos três meses
Metodologia
O estudo de ICC toma por base 100 pontos, que indica que a confiança do consumidor está neutra. Quando a pesquisa aponta entre 100 e 125 pontos, indica confiança positiva moderada/boa; entre 125 e 150, confiança positiva muito boa; entre 150 e 200, confiança positiva excelente; entre 75 e 100, desconfiança, prenúncio de desaceleração; entre 50 e 75, desconfiança total e recessão.
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