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Os alunos que chegarem atrasados para as aulas no Instituto de Educação de Maringá não terão mais de voltar para a casa, como vinha ocorrendo. A decisão foi tomada em reunião, realizada na manhã desta quinta-feira (26), entre Ministério Público, Conselho Municipal da Criança e Adolescente (CMDCA), Conselho Tutelar, Patrulha Escolar, Núcleo Regional de Educação e a própria instituição de ensino.

A diretora do Instituto, Neide Gomes Clemente, explicou que todos os estudantes poderão entrar no colégio e nas salas de aula a qualquer momento. Quando o aluno apresentar uma justifica considerada plausível, não haverá qualquer problema.

Se a justificativa não for entendida dessa forma, o estudante poderá assistir à aula, mas a instituição entrará em contato com o Conselho Tutelar, para que os pais sejam acionados para discutir os atrasos.

"Queremos acabar com a cultura da segunda aula [antigamente, quando o aluno chegava atrasado, ele ficava no pátio até o início da segunda aula]", explicou a diretora. "Agora, o aluno entrará na aula a qualquer momento, mas terá de responder pelos seus atrasos, quando as justificativas não forem consideradas plausíveis."

Os critérios para a definição das justificativas que serão aceitas deverão ser discutidas em conjunto, entre a direção do colégio, os professores e os alunos, nos próximos dias. "O que não podemos é voltar a ser como era, pois temos de mostrar para os estudantes que eles devem respeitar os horários e que a pontualidade é importante no dia a dia das pessoas."

O chefe do Conselho Tutelar Zona Sul, Carlos Eduardo Bonfim, disse que a medida foi pensada para evitar também que os estudantes ficassem nas ruas, em situações de risco, quando chegassem atrasados. "A partir de agora, vamos trabalhar em conjunto, para que os alunos respeitem o horário, mas que não fiquem fora da escola quando chegarem eventualmente atrasados."

Atualmente, o Instituto tem aproximadamente 2,5 mil alunos. Destes, 1,2 mil estudam de manhã e 900 à tarde e o restante à noite.

A polêmica

A polêmica começou na semana passada, quando alunos atrasados passaram a ser proibidos de entrar no colégio. Na segunda-feira (22), os estudantes só tiveram acesso ao Instituto com a presença do Conselho Tutelar de Maringá.

Diante do conflito, o Ministério Público foi acionado e participou da reunião desta quinta-feira (26), que estabeleceu um acordo para resolver o problema.

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