Tijolos de má qualidade aumentam os gastos da obra

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Uma fiscalização em artigos de materiais de construção, realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), revelou que em Maringá 90% das marcas de tijolos analisadas estavam fora do padrão exigido por lei. Das 13 marcas, 12 apresentavam irregularidades. Os fiscais também analisaram produtos em Curitiba, Cascavel e no litoral paranaense.

De acordo com informações da repórter Juliane Guzzoni, do Paraná TV 1ª edição, o Ipem impõe medidas padrões para os tijolos, em altura, largura, espessura e comprimento, e encontrar irregularidades é mais fácil do que parece. "Isso é comum. Vocês vão encontrar em todas as obras tijolos dessa forma. Problema para nós e para o dono", disse o pedreiro Jessé de Abreu.

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Michel Ravazi, gerente do Ipem em Maringá, se assustou com a quantidade de amostras com problemas. "O Ipem vai intensificar a fiscalização nesse tipo de produto tentando coibir esse tipo de irregularidade", disse Ravazi.

Tijolos mais finos ou menores também acabam aumentando os gastos e estourando o orçamento da obra. Segundo José Canova, engenheiro civil, em uma casa de 200 metros quadrados as despesas com tijolos podem sofrer acréscimo de até R$ 600, além de aumentar os gastos com cimento e argamassa, por exemplo.

A fragilidade do tijolo não chega a ameaçar a sustentação da obra, que é feita pelas colunas, mas a quebra será maior na hora de furar a parede para instalação de canos e da fiação elétrica.

Outros materiais fiscalizados foram cimento, cal, argamassa e pisos cerâmicos, informou Sérgio Camargo, fiscal do Ipem. O objetivo do levantamento é verificar se os pesos e as dimensões declaradas nas embalagens estão de acordo com o que é vendido. Nas telhas, por exemplo, as dimensões têm de estar gravadas no produto. "As empresas são autuadas e tem um prazo técnico para recorrer", disse Camargo sobre as sanções que o empresário pode sofrer. As multas vão de R$150 a R$1,5 milhão.