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Concessionárias ainda tem unidades com isenção total, mas é preciso correr | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Concessionárias ainda tem unidades com isenção total, mas é preciso correr| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Vendas em 2009

164.453 é o volume de carros leves vendidos no Paraná no ano, e 2.211.421 é a quantidade de carros vendidos no Brasil no período, segundo números da Fenabrave

Em Londrina

Em ano de crise, o setor de automóveis vendeu como nunca. Em Londrina, a comercialização bateu recorde: até setembro, 11.163 carros novos – o equivalente a 41 por dia – foram comprados. O crescimento foi 2,3% maior que o registrado no mesmo período no ano passado, quando foram vendidos 10.911 veículos leves. O ano foi beneficiado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que a partir deste mês sobe gradativamente até atingir as alíquotas originais em janeiro de 2010.

Leia a reportagem do Jornal de Londrina

Ao contrário das vendas de carros no Paraná, que sofreram retração de 3,47% em 2009, em Maringá a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) impulsionou o setor e a comercialização de veículos de passeio aumentou 5,57% em relação ao mesmo período do ano anterior – 305 unidades a mais. A partir de outubro, a alíquota começa a voltar gradativamente aos patamares originais, mas mesmo assim, concessionárias apostam em feirões e nas vendas de fim de ano para manter desempenho.

De acordo com números do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR), entre janeiro e agosto deste ano (ultima atualização dos dados), 5.779 veículos leves foram emplacados em Maringá, contra 5.474 no ano passado. O desempenho nas vendas de carros novos na cidade foi ainda pouco superior ao aumento em todo o Brasil (5,49%). Os números da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) são ainda melhores, e registraram a venda de 6.047 carros nos oito primeiros meses. 5,97% dos novos veículos que entraram em circulação no estado em 2009 estão em Maringá.

Para Cleiton Delmonico, vendedor na concessionária Pegeout em Maringá, a empolgação diminuiu um pouco em outubro, mas a expectativa é de melhora para novembro e dezembro. "Agora o pessoal está sondado mais do que comprando. O movimento está bem abaixo da última semana de setembro", disse. Contudo a comparação é injusta. As vendas na loja onde Delmonico trabalha tiveram aumento de 38% entre agosto e setembro.

A corrida para garantir um carro com incentivo fiscal parou, mas mesmo assim o setor ainda espera bons negócios em 2009. "A tendência para o fim de ano é sempre de melhora. O pessoal gosta de viajar de férias de carro novo", disse Delmonico. "Além disso, a concessionária ainda tem algumas unidades com IPI zero e vai fazer um feirão", completou.

Redução segue até dezembro

Como a volta da alíquota do IPI é gradativa, nos três últimos meses de 2009 ainda será possível adquirir carros novos com certo desconto. Veículos com motor 1.0 que estavam com isenção total até o fim de setembro serão taxados em 1,5% em outubro, 3% em novembro, 5% em dezembro e voltam aos 7% originais em janeiro.

Carros com motor 2.0 que estavam com isenção de 6,5% até mês passado, estão agora 8%, passam para 9,5% em novembro, 11% em dezembro e 13% em janeiro – alíquota normal.

Carros bicombustíveis e a álcool tinham alíquota de IPI em 11% antes da isenção, taxa que volta a ser praticada em janeiro. Neste mês, os compradores pagam 6,5%, em novembro 7,5% e quem deixar para dezembro vai pagar 9% a mais em função do imposto. Os carros comercias leves, que são pequenas picapes, estavam pagando apenas 1% de IPI durante a isenção e continuam assim até dezembro. Contudo a tarifa passa para 8% a partir de janeiro.

Caminhões seguem com isenção total até dezembro (0% de IPI) e serão taxados em 5% a partir de 2010.

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