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Depois de quase oito horas de julgamento, segue indefinido o caso do jovem que atropelou e matou um casal de idosos em Maringá, em outubro do ano passado. Leandro José da Silva, 24 anos, está preso desde o acidente e enfrenta um júri popular nesta segunda-feira (23), desde 8h30 da manhã, quando chegou ao fórum. As testemunhas foram ouvidas pela manhã. Em seguida o julgamento foi interrompido e retomado às 13h, quando a promotoria iniciou os trabalhos de acusação.

A alegação do promotor Edson Cemensati pede que o réu seja condenado com base no Código Penal e não com base no Código de Trânsito, em razão da gravidade do caso. O promotor lembrou que o rapaz andou 300 metros com o carro depois de atropelar os idosos, não prestou socorro às vítimas e ainda tentou se livrar dos corpos.

O advogado de defesa José Carlos Ragiotto respondeu às acusações do Ministério Público e em seguida o promotor tomou a palavra pela segunda vez.

Até as 12 horas, os policiais que fizeram o atendimento à ocorrência e um frentista que presenciou o acidente deram seus testemunhos. Todos foram unânimes ao afirmar que Silva não prestou atendimento às vítimas.

De acordo com o advogado de Silva, o rapaz ficou desesperado com a situação, por isso tentou fugir. Segundo ele, a luta será para que não haja nenhum tipo de condenação. Ele afirma que as causas do acidente não foram devidamente apuradas pelo Ministério Público e que os idosos atravessaram na frente do carro. Ragiotto ressalta que Silva só continua preso em razão do clamor popular.

Este é o segundo caso de crime de trânsito que vai a juri popular na comarca de Maringá. Em 2001, José Carlos Pinto foi condenado a sete anos de prisão por ter provocado a morte de Fernanda Mullon, de 3 anos, e ferir os pais da vítima. Para o julgamento desta segunda deve ter reforço policial.

Outras informações você confere no Paraná TV 2ª edição, a partir de 19h.

Acidente

O atropelamento aconteceu por volta das 5 horas na Avenida Colombo, uma das vias mais movimentadas de Maringá . O casal tentava atravessar a avenida em uma bicicleta quando foi atingido pelo carro guiado por Silva. O motorista tentou fugir mesmo com o corpo da senhora preso ao pára-brisa do carro. Valdemar Pacífico, 68 anos, e mulher, Diva Rosado Pacífico, 67, morreram na hora.

Silva ainda tentou fugir virando em uma rua menos movimentada, mas foi perseguido por pessoas que presenciaram o acidente. A fuga terminou três quarteirões depois, quando ele perdeu o controle do veículo e bateu em uma árvore. Silva foi agredido e detido por populares.

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