A juíza Rosangela Faoro, da 1.ª Vara Civil de Paranavaí, determinou na segunda-feira (25) o afastamento do delegado Marcolino Aparecido da Costa, que atuava na delegacia da cidade, a cerca de 75 km de Maringá. A decisão é liminar e atende a um pedido da Promotoria de Justiça de Paranavaí, feito pela promotora Andrea Pussi Baradel. Segundo a Promotoria, o delegado estaria interferindo no andamento de duas ações penais às quais responde, uma por tortura e outra por prevaricação e falsidade ideológica. Cabe recurso da decisão.
Além das duas ações penais, o delegado também é investigado pelo sumiço de drogas da delegacia que chefia, a 8.ª Subdivisão de Polícia Civil de Paranavaí. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), no início de abril dois quilos de crack, um de cocaína, além de solventes utilizados para aumentar o volume do entorpecente, sumiram de uma sala da delegacia. O local é trancado por uma porta de ferro. O caso é investigado pelo MPE e pela Corregedoria de Polícia Civil.
A promotora não foi localizada para dar mais detalhes da suposta interferência do delegado nas investigações.
A reportagem tentou manter contato com o delegado, mas ele não foi encontrado na delegacia. Funcionários afirmam que ele trabalhou normalmente nesta terça-feira.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que não foi notificada oficialmente do afastamento do delegado e, por isso, não vai se manifestar sobre o caso.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”