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Justiça determina despejo de barracão alugado pela Polícia Civil de Cianorte

A Justiça determinou o despejo de um barracão alugado pelo Governo do Paraná e usado pela Polícia Civil na Avenida América, em Cianorte, no Noroeste do Paraná. O espaço tem 490 metros quadrados e é usado para guardar os veículos apreendidos em operações policiais. O proprietário do imóvel solicitou o despejo porque garantiu que existem pagamentos atrasados e o aluguel nunca foi reajustado. A sentença foi publicada pela 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba.

A execução é provisória, ou seja, cabe recurso do governo estadual. A sentença diz que a Polícia Civil de Cianorte deve desocupar o local em 30 dias. O advogado responsável pelo caso, Reginaldo Koga, citou que no ano passado o proprietário do imóvel enviou duas notificações ao inquilino, sempre solicitando a desocupação ou a renovação do contrato, que terminou em dezembro daquele ano.

Segundo Koga, a polícia só começou a se movimentar depois de dezembro. Mesmo assim, seguiu ocupando o barracão e, neste ano, só pagou quatro aluguéis de R$ 1,6 mil. "Não restou outra opção do que entrar com a ação de despejo", disse. "Não é algo tão expressivo para o estado do Paraná, que tem condição de arcar com isso."

Pela contagem não oficial do advogado, o imóvel deve abrigar 30 carros e 100 motocicletas. "Só a logística para retirada dos veículos será mais cara do que se o estado tivesse renovado e pagado as mensalidades normalmente", citou. "Não sei dizer o custo da remoção, mas será difícil encontrar um local daquela dimensão em Cianorte."

O dono do imóvel, Pascoal Lourenço Sichieri, citou que ainda existem pendências antigas. Segundo ele, algumas avaliações apontaram que o aluguel deveria ser de R$ 4,2 em 2013.

Além do despacho, a juíza substituta Carolina Delduque Sennes Basso condenou o estado do Paraná ao pagamento das custas com despesas processuais, honorários advocatícios e ao pagamento dos aluguéis atrasados.

O delegado da 51ª Delegacia de Polícia Civil de Cianorte, Nilson Rodrigues da Silva, informou que desconhece a ordem de despejo. "Sei que ele quer o barracão, mas o despejo é uma novidade. Estamos procurando um outro local, realmente, mas não está na minha esfera e competência este assunto, então não posso comentar nada sobre os aluguéis atrasados que ele diz existir", comentou.

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