Alcopar não sabe explicar o motivo de tão grande variação
- RPC TV Cultura
Teste de Qualidade
Os postos de algumas cidades da região Noroeste vendem a pior gasolina do estado. É o que aponta o mais recente estudo de qualidade da Agência Nacional do Petróleo (ANP), divulgado em março. Postos de Umuarama, Paranavaí, Nova Esperança e Guaíra tiveram, entre os municípios do Paraná, a maior quantidade de amostras de gasolina fora do padrão de qualidade exigido pela ANP.
O início da colheita da cana-de-açúcar fez com que preço do álcool combustível baixasse nas bombas de várias cidades da região, mas não em Maringá. A variação entre os preços de Maringá e Londrina chega a R$0,69 por litro. Naquela cidade é possível encontrar o litro do etanol até por R$1,09, enquanto que em Maringá, o preço máximo verificado foi de R$1,78. Isso significa que na hora de encher o tanque, o motorista londrinense consegue economizar cerca de R$27.
A média de preço encontrada em Maringá pela equipe do Paraná TV foi de R$1,65. Para Adriano Dias, superintendente da Associação dos Produtores de Álcool e Açucar do Estado do Paraná (Alcopar), é difícil explicar essa diferença tão grande. "O mesmo álcool que sai para atender Londrina, é o mesmo álcool que sai das indústrias para atender Maringá, Paranavaí e outras cidades. Então, não sabemos explicar o motivo de uma diferença de preço tão alta entre uma cidade e outra", disse. Mas uma hipótese seria a concorrência mais fortalecida em uma cidade, em detrimento de outra.
Segundo Dias, o movimento de subida ou queda de preços dos combustíveis tende a ser lento quando a variação é para baixo. "Quando sobe, imediatamente reflete para o consumidor. Quando é inverso, até que o posto não desove todo o estoque não reflete", disse.
A diferença de preços entre as cidades deixa o consumidor sem explicação. "Eu que viajo bastante, consigo perceber que em outras cidades o preço está bem melhor", disse o vendedor Marlon Porcino. "É sem explicação. Em outras cidades que a gente anda reduz o preço e aqui em Maringá não. Fica até feio", disse Israel Vieira, agricultor.
"R$1,60 em Maringá está elevadíssimo, mas R$1,09 em Londrina está bem abaixo do que deveria ser praticado", concluiu.
Safra
A colheita está no começo, mas já refletiu no valor praticado pelos industriais do setor. De janeiro para cá, o preço cobrado nas usinas caiu 40%. Isso deve ser manter pelos próximos meses, explicou Dias, já que a produção neste ano será maior e a oferta do produto também.
Atualmente, o custo de um litro de etanol na indústria é de R$0,75. A esse valor é acrescido os impostos, o custo de operação e logística e o lucro do dono do posto. Com base nesses custos aparece o valor a ser pago pelo consumidor.
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