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Maringá

Macacos encontrados mortos no Parque do Ingá tinham herpes

Secretaria de Estado da Saúde diz que macacos teriam contraído herpes, mas causa das mortes ainda é desconhecida | Ivan Amorin/Gazeta do Povo
Secretaria de Estado da Saúde diz que macacos teriam contraído herpes, mas causa das mortes ainda é desconhecida (Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nota na noite desta sexta-feira (15) sobre os exames laboratoriais das amostras coletadas dos macacos mortos no Parque do Ingá em abril e informou que os primatas contraíram herpes 1 e 2. A doença, porém, não seria a causa da morte dos animais. Nesta sexta-feira, mais um macaco apareceu doente e o parque continua fechado há um mês.

A princípio, a principal suspeita era de que morte dos animais teria ocorrido por febre amarela, mas a doença foi descartada pela secretaria após exames preliminares.

Apesar da descoberta do herpes, outros vírus continuam sendo pesquisados, como arenavírus e filovírus, entre outros. "O objetivo é afastar outros vírus hemorrágicos de risco para a saúde humana. Enquanto as alternativas acima não forem descartadas em todas as amostras, o Parque do Ingá continuará com acesso restrito", diz a nota.

De acordo com Marilda Fonseca de Oliveira, coordenadora da Vigilância Sanitária, herpes é uma doença normal, também encontrada em humanos, mas não seria a causa principal da morte dos primatas. A doença afeta principalmente a região labial da boca, genitais e áreas próximas.

"Os macacos podem ter contraído herpes de humanos que alimenta os animais do parque. Uma pessoa com herpes que morde uma bolacha, por exemplo, e depois joga para o animal comer pode transmitir a doença" afirmou. "Esse vírus pode até matar o macaco, mas não é a principal causa da morte dos primatas. Os animais estão apresentando quadro hemorrágico", revelou.

Mais um doente

Na tarde desta sexta-feira um macaco doente foi levado ao Centro de Zoonoses de Maringá. Segundo Mauro Nani, gerente do Parque do Ingá, o animal ainda continua vivo e está sendo monitorado. Ao todo, 16 primatas (15 saguis e um macaco prego) já morreram vítimas de uma doença ainda desconhecida.

O Parque do Ingá foi fechado ao público desde o dia 16 de abril quando o oitavo macaco morreu. A determinação de acesso restrito partiu das Secretarias de Saúde estadual e municipal. Não há previsão para reabertura do parque aos visitantes.

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