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A 1ª Marcha das Vadias de Maringá reuniu menos de cem pessoas neste domingo (11), de acordo com informações da Polícia Militar. A estimativa inicial dos organizadores do evento era de que mil pessoas participassem da marcha que tem como objetivo o combate da violência contra a mulher, a legalização do aborto e a criação de creches para as mães que estudam nas universidades locais.

Casos emblemáticos de violência feminina na cidade foram lembrados durante a marcha, como da menina Márcia Constantino, morta em outubro de 2007. Além disso, os manifestantes questionaram a falta de divulgação, por parte da polícia, de supostos assassinatos de sete prostitutas na cidade neste ano.

A Marcha das Vadias contou com a participação de homens e mulheres e teve início às 14h no Centro de Convivência Renato Celidônio, ao lado da Prefeitura de Maringá e seguiu pelas avenidas XV de Novembro, Duque de Caxias e Prudente de Moraes até chegar ao Estádio Willie Davids onde ocorreu distribuição de folhetos e discursos em defesa das causas da marcha. O manifesto foi organizado pelo Diretório central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Feminismo

O movimento feminista vem crescendo em Maringá nos últimos anos, de acordo com Camille Balestieri, uma das organizadoras da Marcha das Vadias. Para Camille, o crescimento segue a tendência do município, que passa por uma fase propícia para o surgimento de manifestações sociais, seja de que tipo for. "Maringá tem passado por um momento muito bom. Estamos vendo várias manifestações importantes. O feminismo é uma delas. Vamos seguir lutando pela igualdade das mulheres", afirma.

A Primeira Marcha das Vadias

A primeira Marcha das Vadias surgiu em Toronto, no Canadá, em 2011. Após uma série de estupros ocorridos na universidade local, um policial, convidado para orientar sobre segurança, disse que as mulheres poderiam evitar o estupro se "não se vestissem como vadias". A declaração gerou indignação e diversos protestos, que acabaram culminando na primeira manifestação.

Vinte cidades organizaram marchas próprias este ano no Brasil. No dia dois de junho, o protesto ocorreu em Londrina.

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