Maringá aproveita apenas 10% do lixo reciclável que produz. Todos os dias, os moradores da cidade jogam fora cerca de 60 toneladas de materiais que podem ser reutilizados, mas somente 6 toneladas são reaproveitadas. O destino das outras 54 é o desperdício. Os dados são da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp) de Maringá, que, preocupada com a situação, planeja modificar a coletiva seletiva em 2010.
O caminhão que recolhe recicláveis percorre atualmente 36 dos 116 bairros do município - pouco mais de 30% do total. O trabalho é coordenado por três cooperativas, que também recebem e separam o lixo captado. O material é vendido e o lucro, dividido entre os 80 cooperados Cada um recebe, em média, R$ 700 por mês.
No ano passado, segundo a Prefeitura, mais de 2,1 milhões de toneladas de recicláveis foram recolhidas. O número representa um avanço significativo em relação a 2005, quando se recolheu pouco mais de 540 mil toneladas. Entretanto, o percentual ainda é considerado baixo - representa somenta 2% do total de lixo produzido diariamente na cidade (300 toneladas, incluindo o lixo orgânico).
Por isso, a Semusp estuda assumir a coleta seletiva, que hoje é comandada pelas cooperativas. Em entrevista à RPCTV, O secretário de Serviços Públicos, Vagner Mússio, diz que a mudança ocorrerá assim que a prefeitura comprar oito caminhões para recolher os recicláveis, o que será feito via licitação. Os recursos foram solicitados junto ao Ministérios das Cidades, mas, se este negar a verba, a Prefeitura promete arcar com as despesas.
A partir de então, diz Mussio, a coleta será feita em toda a cidade. Ele acrescenta que a meta é recolher cerca de 70 toneladas de recicláveis por dia. O material deve continuar sendo encaminhado às cooperativas.