Nesta segunda-feira (21), a Secretaria de Saúde de Maringá lançou a campanha "Natal sem Dengue". De acordo com o secretário da pasta, Antônio Carlos Nardi, a programação faz parte de um trabalho que será estendido pelos períodos de réveillon, férias, carnaval e volta às aulas.
Ainda segundo ele, o objetivo é mobilizar a comunidade para combater os focos do mosquito Aedes aegypti na época de festas. "Estamos em um período de alta proliferação dos mosquitos, devido às temperaturas elevadas e constantes chuvas. Além disso, muitas pessoas viajam e se esquecem de deixar a casa em ordem para que não haja acúmulo de água parada. Por isso é preciso atenção e cuidados redobrados", afirma Nardi.
A campanha contará com "pedágios" e orientações nas ruas e nas lojas do Centro da cidade. "Estamos aproveitando a visibilidade que o Natal proporciona para alertarmos a população sobre o perigo que a dengue representa. Até fevereiro estaremos intensificando esse trabalho de combate à doença".
Lira
No último Levantamento Rápido de Índice de Infestação de Aedes Aegypti no Paraná (Lira), Maringá foi considerado município em situação de alerta. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a cidade apresentou média geral de 1,9%. O índice tolerado pela Organização Mundial de Saúde é de até 1% de infestação predial para cada dez residências.
O levantamento de índice também mostrou que a maior parte dos focos do mosquito está em condições que podem ser evitadas pelas pessoas. É o caso de resíduos e entulho encontrados em quintais e terrenos baldios; tinas e tanques para armazenagem de água e pratos de vasos de plantas. "Realizamos ações nas áreas de maior infestação e os agentes ambientais estão em alerta. Estamos fazendo nossa parte e contamos com a colaboração de toda a comunidade", salienta Nardi.
Região
Segundo o último Lira, quatro cidades da região Nororeste do Estado: Maringá, Campo Mourão, Cianorte e Paranavaí apresentaram índice de infestação predial entre 1% e 3,9%. São considerados municípios em situação de alerta, de médio risco.
Já outras três cidades: Umuarama, Mandaguari e Marialva apresentam índices satisfatórios, com menos de 1% dos imóveis apresentando infestação por larvas do mosquito Aedes aegypti. Para a Sesa, essas cidades são consideradas de baixo risco, embora casos isolados possam existir.
O estudo ainda revelou que Paiçandu registrou índice de infestação predial superior a 4%, o maior valor entre os 20 municípios pesquisados. Segundo a avaliação, a cidade apresenta risco iminente de epidemia de dengue.
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