Maringá caiu pela segunda vez consecutiva no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com os dados do último levantamento, relativo ao ano de 2007, divulgado nesta semana, o município ocupa o terceiro lugar no ranking estadual. Em 2006, Maringá estava na segunda posição e em 2005, na primeira.
O IFDM avalia os serviços de saúde e educação, a geração de emprego e a melhoria da renda da população. Apesar da queda nos rankings, Maringá só registrou piora na geração de emprego e melhoria de renda de 0,8444 para 0,8235. Em educação, o aumento foi de apenas 0,0001 (de 0,8208 para 0,8209). Saúde foi que teve o crescimento mais expressivo, saltando de 0,9211 para 0,9226.
Em 2007, Maringá obteve o IFDM de 0,8557, enquanto Londrina, em segundo lugar no ranking estadual, alcançou 0,8582; e Curitiba, o primeiro lugar, 0,8687.
Apesar da queda, Maringá ficou à frente de outros municípios grandes, como Ponta Grossa (que ficou com a 15ª posição no Paraná, com índice de 0,8061) e Foz do Iguaçu (o 41º do estado, com 0,7602).
O resultado no Paraná fez com que Maringá caísse também no ranking nacional. O município, que ocupou o 36º lugar em 2005 e o 54º em 2006, ficou com a 67º em 2007. A situação não é a mesma de Curitiba, que angariou posição de maior destaque no IFDM: no Brasil, saltou da 75ª para a 47ª posição.
Santa Inês
Santa Inês, um município com menos de 2 mil habitantes no Norte do Paraná, registrou a maior variação positiva no último levantamento do IFDM. O índice saltou de 0,5 em 2000 para 0,7280 em 2007, fazendo com que o município subisse da 397ª para a 80ª posição no estado.
Na saúde, cujo índice subiu de 0,6371 para 0,9165, a melhoria é sinônimo de rapidez no Centro de Saúde Municipal Santa Inês e no Posto de Saúde de Imbiaçaba (distrito). Das 8h às 17h, os moradores dificilmente têm de enfrentar fila para receber atendimento dos três médicos clínico-gerais, que trabalham em períodos e dias diferentes. Quando o caso exige o acompanhamento de um especialista, o município faz o encaminhamento para hospitais de Colorado, Itaguajé ou Maringá.
Na educação, um projeto de reforço reduziu a zero a evasão na Escola Municipal Ilda Teixeira Coutinho e na Doutor Vespertino Pimpão (Imbiaçaba) desde 2004. Segundo a secretária da Educação, Josefina Gonzaga Lopes, todos os alunos do período da tarde que têm dificuldades de aprendizagem são encaminhados para uma turma especial para rever os conteúdos no contraturno. "Antes desse projeto, a evasão era de pelo menos dez alunos por ano", lembrou. No ano que vem, o projeto deverá ser aplicado aos alunos da manhã.
Nesse setor, o índice cresceu de 0,6812 em 2000 para 0,8113 em 2007. Ao todo, as duas escolas municipais têm 180 alunos, mas poderiam, segundo a secretária, atender até 300, se houvesse mais demanda. O mesmo se vê nos Centros de Educação Infantil Cantinho do Amor e Bom Menino (Imbiaçaba), que reúnem 60 crianças, com capacidade para mais 40. "Como temos mais vagas que alunos, as turmas são pequenas, possibilitando o atendimento individualizado", explica.
Em renda e emprego, o salto do índice foi de 0,1816 para 0,4262 em sete anos. Em nome do prefeito Clodoaldo Alves de Oliveira (PT), que está no segundo mandato, a prefeitura informou que muitos moradores conseguiram emprego ou começaram a ganhar salários melhores, por conta de duas usinas de álcool e um abatedouro de frangos que se instalaram na região entre 2000 e 2007 nenhum deles na área do município.
Paraná
Pelo terceiro ano consecutivo, o Paraná manteve a segunda posição no IFDM. De acordo com o estudo divulgado, em 2007 quase metade da população paranaense (44%) vivia em municípios de alto desenvolvimento. Em 2000, esse porcentual era 0,03%. Outra parte, 54%, em 2007, morava em municípios de desenvolvimento moderado. Apenas 2% da população pertencia a municípios de desenvolvimento regular, contra 25% em 2000. Nenhum paranaense morava em municípios de desenvolvimento baixo em 2007.
No estudo divulgado esta semana, com base em dados de 2007, o Paraná alcançou IFDM de 0,8244, 2,1% a mais que no ano anterior. Apenas Paraná e São Paulo, o primeiro colocado, apresentam alto índice de desenvolvimento. O Paraná foi um dos cinco estados brasileiros que em 2007 apresentou crescimento do IFDM nas três áreas de desenvolvimento contempladas pelo índice (emprego/renda, saúde, educação).