PR tem a 3ª cidade mais violenta do país
O Paraná tem a terceira cidade mais violenta do país, segundo o Mapa da Violência 2011 - levantamento feito pelo Ministério da Justiça e divulgado nesta quinta-feira (24). Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, tinha taxa de 125,5 homicídios a cada 100 mil habitantes em 2008. O município perdeu apenas para Itupiranga, no Pará; e Simões Filho, na Bahia.
Maringá subiu quase 400 posições em um ranking nacional de homicídios entre jovens, divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Ministério da Justiça. A cidade subiu da posição 723 para a 332. O Mapa da Violência traz ainda mais três rankings a posição de Maringá piorou em todos.
No estudo divulgado em 2010, Maringá era a 77ª a cidade paranaense com mais homicídios proporcionais entre jovens. Este ano subiu para 26ª colocação. Maringá teve 12 homicídios em 2006, 18 em 2007 e 17 em 2008. Isso representa uma taxa de homicídio de 29,6 por cada 100 mil habitantes.
No ranking nacional, que considera a população total, Maringá ocupava a 1.395ª posição. No estudo de 2011, subiu para o 1.049º lugar. Já no ranking estadual que considera a população total, a cidade subiu da posição 158 para o posto 101, com uma taxa de homicídios de 17,5 por cada 100 mil habitantes.
O estudo, que é anual, considerou, nesta edição, homicídios ocorridos entre 2006 e 2008 e foi lançado em conjunto entre o Ministério da Justiça e o Instituto Sangari.
Campo Mourão é a cidade mais violenta da região
O estudo aponta ainda Campo Mourão como a cidade mais violenta da região Noroeste do Paraná, seguida de Umuarama. Nos casos de homicídios entre jovens, Campo Mourão é a 5ª cidade paranaense com mais ocorrências proporcionais, enquanto Umuarama ocupa a 10ª colocação.
No estudo referente à população geral, Campo Mourão ocupa o 13º lugar e Umuarama, o 24º, entre as cidades paranaenses.
No estudo de 2011, a cidade caiu para 16ª posição em número de homicídios entre jovens, o que representa uma taxa de 70,8 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Relação com o tráfico de drogas
Para estudiosos, a maioria dos homicídios apontados pelo levantamento têm relação com o tráfico de drogas. O psicólogo Robson Borges Maia, também professor do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), defende que muitos deles são, certamente, usuários ou traficantes de drogas.
"Os jovens se envolvem com as drogas, porque não têm perspectiva de futuro e passam muito tempo sozinhos, pois os pais estão sobrecarregados de trabalho", explica. "Assim, tanto por curiosidade como por falta de orientação, muitos deles acabam se deixando influenciar por pessoas que já estão na teia do tráfico."
No caso daqueles que são usuários, Maia diz que, por causa da dependência, muitos jovens cometem crimes para manter o vício. Quando estão no topo da rede, atuando como traficantes, correm também o risco de ser assassinados por usuários, por outros traficantes e pela polícia.
"É necessário aplicar políticas públicas para evitar salvar os jovens do tráfico de drogas", defende. "A dependência química é um problema social, uma enfermidade grave, muito difícil de se combater."
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