Dados do Ministério do Trabalho mostram que em agosto Maringá apresentou o melhor desempenho na evolução do emprego desde outubro de 2008, mês em que a economia sentiu o impacto da crise econômica. O saldo é de 886 novas vagas na cidade, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (16), semana do aniversário de um ano da crise.
Em setembro de 2008, mês que marcou o início da recessão, 1.179 vagas de emprego foram criadas em Maringá, índice que caiu para 458 no mês seguinte (outubro/08). O pior momento retratado no levantamento foi o último mês de dezembro, quando o saldo ficou negativo com a perda de 2.275 empregos. Contudo, ao contrário do restante do país, já em janeiro de 2009, o saldo voltou a ser positivo com 491 vagas.
No mês passado, o setor de serviços e o comércio foram as duas áreas que mais abriram vagas na cidade. Saldo de 285 e 258, respectivamente. A construção civil também aparece com destaque, tendo criado 123 empregos em agosto. Os números mostram um salto entre o mês de julho e agosto: aumento de 150,2%, passando de 354 vagas acumuladas para 886, no período.
Também segundo o MT, Maringá foi a 25.ª colocada no ranking dos municípios brasileiros que mais geraram empregos no primeiro semestre de 2009. Entre os municípios do estado, Maringá ficou com a terceira posição com 2.941 novos postos de trabalho, ficando atrás de Curitiba, com 6.385 empregos criados.
Novas empresas
Os números da Junta Comercial do Paraná comprovam a recuperação da economia. No primeiro semestre deste ano, o estado registrou a abertura de 28.207 novas empresas, aumento de 6,6% em relação aos seis primeiros meses de 2008, período que antecedeu a crise. Naquele ano, foram abertas 26.454 novos empreendimentos entre janeiro e junho.
Só em Maringá foram abertos 1.470 negócios no primeiro semestre de 2009. Embora os números empolguem, para o contador Claudemir Matiusso, é preciso cautela para que o empreendimento não se transforme em prejuízo. "Normalmente as pessoas sabem trabalhar, mas não sabem cuidar da parte administrativa da empresa em si", disso em entrevista ao Paraná TV.