Os maringaenses devem pagar R$ 784,4 milhões em impostos em 2012. Foi o que revelou o impostômetro, serviço de acompanhamento das receitas tributárias mantido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP)
De acordo com o programa disponível na internet, houve um crescimento de aproximadamente 12,7% no pagamento de tributos em relação ao ano passado, quando Maringá gastou R$ 695,4 milhões.
Na opinião do economista da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Joilson Dias, dois fatores influenciaram esse crescimento: o bom momento econômico e a elevação de classe social de muitas pessoas. "Com mais contratações e trabalhadores ganhando salários melhores, mais pessoas passaram a contribuir com tributos", explicou.
O maringaense vai pagar este ano o equivalente a R$ 65,3 milhões por mês em impostos ou R$ 2.072 por habitante, valor que seria suficiente para construir mais de 22,4 mil casas populares de 40 metros quadrados; comprar aproximadamente 29 mil carros populares e até mesmo fornecer medicamentos para toda a população do Brasil por 304 meses. A tendência é de que estes números sejam maiores em 2013, quando o município deve pagar R$ 895 milhões ao longo de todo o ano.
Brasileiros já pagaram mais de R$ 1 trilhão em impostos
No dia 7 deste mês, o Impostômetro do Brasil chegou à marca de R$ 1,4 trilhão em impostos arrecadados pela União, estados e municípios. Em 2011, o painel chegou a essa marca seis dias depois, em 13 de dezembro.
O presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, lembrou, em nota à imprensa, que o setor defende o Projeto de Lei 1.472/2007, que servirá para informar o cidadão sobre os impostos pagos na hora da compra de bens ou serviços. "Queremos que a presidente Dilma (Rousseff) sancione o projeto", afirmou.
Metodologia
O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária.
Para o levantamento das arrecadações no município, o programa leva em conta as Receitas Correntes dos municípios, incluindo além das arrecadações de tributos municipais (IPTU, ISS, ITBI, Taxas e Previdências Municipais), o montante das transferências constitucionais realizadas pela União e pelo Estado a que pertença o município, bem como outras receitas não-tributárias (receitas patrimoniais, industriais, etc).