Entre janeiro e junho, a superintendência regional da Caixa em Maringá registrou 1.057 contratos, totalizando R$ 125 milhões| Foto: Divulgação/PMM

Condições

Confira algumas condições de financiamento com garantia de imóvel:

Caixa Econômica

• Taxa de juros: 0,98% a 1,45% ao mês mais TR

• Prazo: até 360 meses

• Tipo de imóvel: residencial, comercial, rural e terrenos

• Valor do empréstimo: entre 50% a 70% do valor do imóvel

Santander

• Taxa de juros: 1,53% ao mês

• Prazo: até 180 meses

• Tipo de imóvel: residencial ou comercial

• Valor do empréstimo: de R$ 30 mil a R$ 500 mil ou até 60% do valor do imóvel

HSBC

• Taxa de juros: não informada

• Prazo: 120 meses

• Tipo de imóvel: residencial

• Valor do empréstimo: até 50% do valor do imóvel, chegando a no máximo R$ 500 mil

Bradesco

• Taxa de juros: não informada

• Prazo: até 120 meses

• Tipo de imóvel: residencial

• Valor do empréstimo: até 70% do valor do imóvel

Fonte: Bancos

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Diferença

Taxa no Brasil chega a 18% ao ano, seis vezes a cobrada nos EUA

Apesar de ser uma modalidade de empréstimo mais barata, o empréstimo com garantia do imóvel ainda é caro se considerado o baixo risco que os bancos e instituições financeiras possuem na operação. Em geral, quanto menor o risco, menor os juros. No Brasil, a taxa de juros anual da hipoteca chega a 18% ao ano – contra 3% nos Estados Unidos, por exemplo.

Além disso, várias instituições oferecem linhas com uma taxa fixa atrelada a um indexador variável, como IGP-M, TR, CDI ou IPCA. Há em geral, um limite de comprometimento de 30% da renda com o empréstimo.

Dar o imóvel como garantia para fazer um empréstimo ainda é visto como tabu para muitos brasileiros. No entanto, os contratos de hipotecas vêm ganhando cada vez mais espaço. Segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), que lidera esse mercado no país, o número de contratos no primeiro semestre deste ano aumentou 40% na região Noroeste do Paraná.

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Entre janeiro e junho, a superintendência regional da CEF em Maringá registrou 1.057 contratos, totalizando R$ 125 milhões. Nos seis primeiros meses do ano passado haviam sido firmados 679 contratos, com R$89,2 milhões negociados. Em todo o Brasil, na mesma base de comparação, a evolução foi de R$ 3,2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

Para o gerente regional da Caixa em Maringá, Antonio Clever Iecke, esse tipo de crédito está ganhando força por causa dos prazos maiores e dos juros mais baixos. "O receio de colocar a casa própria como garantia é algo cultural. No entanto, as pessoas têm percebido a hipoteca muito mais como uma possibilidade de proteger o imóvel do que de perdê-lo. Estão vendo que é melhor usar o imóvel como garantia do que ter que vendê-lo para pagar dívidas, por exemplo."

Iecke explicou que, na região de Maringá, a maior parte dos empréstimos é feita por pessoas acima dos 40 anos que desejam investir no próprio negócio. Na sequência, aparecem os que fazem o empréstimo para investir em um segundo imóvel e os que utilizam a modalidade para quitar dívidas.

Bancos reduzem juros e ampliam prazos de pagamento

Para incentivar as hipotecas, os bancos e financeiras também vêm reduzindo juros e ampliando os prazos de pagamento, que chegam a 360 meses. E a concorrência vem aumentando. Bancos médios, como BMG e Paraná Banco, que não atuam no financiamento imobiliário, também começam a estruturar produtos para esse mercado.

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Nas hipotecas brasileiras, os bancos financiam, em geral, entre 50% e 70% do valor do imóvel, que precisa estar quitado. Ao contrário do modelo americano, o cliente não pode fazer várias hipotecas – ao mesmo tempo – de um mesmo imóvel. O imóvel fica alienado para o banco, e, em caso de inadimplência, por conta do modelo de alienação fiduciária, o resgate é rápido.

Segundo os bancos, são raros os casos em que o cliente tem de abrir mão do imóvel. "Felizmente, até hoje não tivemos nenhum caso de resgate do imóvel por inadimplência" ressaltou Iecke.