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| Foto: Roberto Stuckert FIlho/Presidência

Tucanos

Preterido no PSDB, Serra tem mais votos do que Aécio Neves

O PSDB, principal partido de oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff, tem o senador Aécio Neves (MG) como favorito para disputar a Presidência no ano que vem. Aécio, no entanto, não ultrapassa a casa dos 14% nas intenções de voto dos entrevistados. O ex-governador de São Paulo José Serra, por outro lado, chega a 19% em um cenário com Aécio e a 23% no cenário sem ele. "O Serra ainda é um candidato que aparece bem, talvez pelo recall [porcentual de eleitores que lembra do candidato por eleições anteriores]. O fato é que ele dá uma embolada no processo eleitoral", diz o diretor-presidente do Instituto Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.

Preterido no PSDB, Serra articulou sua mudança para o PPS, mas a troca não se concretizou. É com ele, Aécio, Marina Silva (Rede) e Eduardo Campos (PSB) na disputa que a oposição tem seu porcentual de voto mais alto, chegando a 53,6%. Contra Serra pesa o alto índice de rejeição. De acordo com a pesquisa, 20% dos entrevistados disseram não votar no ex-governador de jeito nenhum. Apenas a presidente Dilma Rousseff tem uma rejeição superior à dele, 27%.

Mais da metade dos brasileiros aprova a administração da presidente Dilma Rousseff, mas isso ainda não se reflete inteiramente na tendência de voto do eleitor. A constatação é de um levantamento do Instituto Paraná Pesquisas realizado nacionalmente entre os dias 10 e 15 de setembro. A pesquisa mostra que a aprovação do governo chegou aos 53%, mas as intenções de voto em Dilma variam entre 32% e 35,4%, dependendo do cenário.

INFOGRÁFICO: Após queda de popularidade em junho, Dilma recupera prestígio e lidera todos os cenários eleitorais

A tendência de recuperação da popularidade de Dilma já havia aparecido em outras sondagens. Na semana passada, por exemplo, levantamento do Instituto MDA, realizado sob encomenda da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), indicava que a avaliação positiva da gestão Dilma havia chegado a 38,1%, sete pontos a mais do que o registrado em julho.

Tendência

"É uma tendência de subida que está se confirmando. O pior da crise parece ter ficado para trás. A diferença entre os números está na metodologia. Nós fazemos a distinção entre aprova ou desaprova. Outros institutos dividem a avaliação entre ótimo, bom, regular e ruim", explica o diretor-presidente do Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo.

A recuperação repercutiu também na tendência de voto dos eleitores para 2014. Apesar de nem todos os que aprovam o governo demonstram intenção de votar em Dilma, a pesquisa é favorável à presidente na comparação com os demais candidatos. As intenções de voto dos três principais concorrentes da petista, somadas, chegam a 46,5% – o suficiente para levar a disputa ao segundo turno.

"Eles [os candidatos de oposição] não conseguiram se aproveitar do momento de crise do Planalto. Não ganharam votos nesse período [após os protestos de junho]", diz Hidalgo. Marina Silva (Rede) e José Serra (PSDB, mas que pode deixar o partido) são hoje os adversários da oposição mais viáveis.

Lula

Em qualquer um dos cenários colocados para Dilma (com Serra e sem Aécio e com ambos na disputa), a eleição de 2014 rumaria para um segundo turno. Quando o ex-presidente Lula substitui Dilma, a situação é outra. Lula tem 46% das intenções de voto e seria eleito ainda no primeiro turno, com o segundo candidato mais votado – Marina Silva – bem atrás, com apenas 20%.

Comparação

A comparação entre Dil­­­ma e seu padrinho político também é desfavorável para a presidente. O governo de Dilma é considerado pior que o de Lula para 45% dos entrevistados. A força do ­­ex-presidente, porém, não ajuda Dilma, de acordo com os eleitores ouvidos. Para 43% deles, o apoio de Lula não ajudaria Dilma nas eleições.

Presidente tem "dia de candidata"

A presidente Dilma Rousseff cumpriu ontem uma agenda tipicamente eleitoral. No programa semanal de rádio Café com a Presidenta, elogiou o Bolsa Família. E condenou os críticos do programa, que o chamavam de "bolsa esmola". No Rio Grande do Sul, onde assinou contrato para construção das plataformas de petróleo, criticou aqueles que achavam que o país não tinha capacidade na indústria naval.

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