Basta andar um pouco pelas ruas de Mirador, no Noroeste do Paraná, para que a garganta fique completamente seca. As vias, quase todas de terra, são usadas por muitos caminhões que transportam cana-de-açúcar (a principal atividade econômica da região), o que provoca poeira intensa entre as casas e barracões da cidade.
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Segundo o prefeito da cidade, Reinaldo Pinheiro da Silva (PP), 80% das ruas e avenidas do município não têm asfalto. Para ele, o problema é reflexo do endividamento de Mirador de acordo com números do Banco Central, o valor passa de R$ 6 milhões. Hipoteticamente, é como se cada morador tivesse uma dívida de R$ 2 mil a maior dívida per capita do Paraná.
Silva explica que, por causa do precatório, não há recursos para investimentos em Mirador. "Estamos carregando essa dívida há mais de 20 anos. O problema surgiu quando a prefeitura negociou uma dívida com um banco paulista. De lá para cá, não conseguimos pagar o que devíamos e ainda acumulamos todos os juros", relata.
O município está pagando a quantia de forma parcelada, de acordo com Silva por mês, são desembolsados R$ 66 mil para o pagamento do precatório. O orçamento total de Mirador é de R$ 650 mil por mês.
Conforme o prefeito, apenas com os salários dos servidores o município gasta R$ 320 mil por mês. Para a saúde, são destinados 20% e, para a educação, 25% do orçamento.
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