Moradores de Sarandi (na Região Metropolitana de Maringá) aproveitaram o feriado da independência para protestar contra a corrupção. Cerca de 30 pessoas, entre sindicalistas, estudantes e representantes de associações se reuniram na Praça Ipiranga, onde criticaram o quadro de impunidade com os corruptos.
"São 12 entidades e partidos que se reuniram para mostrar nosso repúdio com esta situação que permite o abuso do poder pelos políticos", explicou João Lourenço Silva, que é um dos coordenadores do chamado Comitê de Lutas.
Entre os grupos participantes estavam as associações de moradores do Parque Alvamar e Conjunto Atenas, APP Sindicato, Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), entre outros.
Durante a manifestação, realizada na tarde desta quarta-feira (7), os participantes levaram faixas, distribuiram panfletos e convocaram a população para estar mais presente nas discussões políticas.
Um dos participantes do protesto foi o mecânico Alfredo Peres, que defende uma participação maior da comunidade em manifestações como esta, que ocorrem em todo o país. "A população tem que entender que precisa cobrar nossos direitos. Temos que ganhar consciência política para combater a corrupção, que tá rolando solta", declarou.
Em Maringá, alguns estudantes e trabalhadores também fizeram uma manifestação pacífica. O grupo aproveitou o desfile de Sete de Setembro na região central para distribuir panfletos para o público presente. Além de reivindicações, os boletins lembram o caso da empreiteira maringaense Sanches Tripoloni, uma das empresas que mais recebem verbas do governo federal e que financiou campanhas como as da presidente Dilma Rousseff e da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Cerca de 15 mil participam de protesto contra a corrupção em Brasília
A Polícia Militar estima que cerca de 15 mil pessoas participam nesta quarta-feira, em Brasília, de protestos contra a corrupção. Organizado por meio das redes sociais, o protesto ganhou adeptos ao logo da caminhada na Esplanada dos Ministérios.
Os manifestantes levaram faixas, cartazes e fizeram muito barulho, mas não puderam chegar perto da pista onde ocorria o desfile de 7 de setembro com a presença da presidente Dilma Rousseff e outras autoridades. Muitos usam camisetas pretas com diversos dizeres contra a corrupção e impunidade e nariz de palhaço. Participam do protesto pessoas de todas as idades, inclusive crianças.
O movimento teve apoio de entidades como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que cedeu o trio elétrico. Eles saíram da catedral em direção ao Congresso Nacional.
Entre os principais alvos do movimento estão a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), que escapou recentemente da cassação, e os "mensaleiros" dos governos petista, tucano e do DEM no Distrito Federal.
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