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O Ministério Público Estadual (MP) e a Corregedoria de Polícia Civil estão investigando o desaparecimento de drogas que estavam dentro da 8ª Subdivisão de Polícia Civil de Paranavaí. Segundo o MPE, dois quilos de crack, um de cocaína, além de solventes utilizados para aumentar o volume do entorpecente, que foram apreendidos, sumiram de dentro de uma sala, que é trancada por uma porta de ferro, chamada de cofre. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirma ter sido notificada pela delegacia do sumiço da droga, mas informa quantidades menores que as citadas pelo MP.

De acordo com a promotora de Justiça Andrea Pussi Baradel , que recebeu uma denúncia sobre o desaparecimento no início do mês, uma vistoria no local confirmou que há menos drogas no cofre do que consta nos relatórios de apreensão. O Ministério Público notificou a Sesp e a Corregedoria da Polícia Civil (órgão responsável pela investigações internas da polícia), para que a situação seja averiguada com urgência.

Por meio da sua assessoria de imprensa, a Sesp informou que a Divisão de Policiamento do Interior foi notificada pela própria delegacia de que estariam faltando 700 gramas de cocaína e 1,2 quilos de crack da 8ª Subdivisão de Polícia Civil de Paranavaí. A assessoria de imprensa não soube informar por que há diferença entre as quantidades de droga informada pela delegacia e o constatado pelo MP. Os dados, segundo a assessoria, foram repassados à secretaria antes da notificação do ministério.

A falta da droga teria sido verificada durante uma fiscalização que antecede a incineração de entorpecentes. A Sesp afirmou que a situação está sendo investigada pela Corregedoria de Polícia Civil e, caso seja confirmada a suspeita participação de algum funcionário, ele será imediatamente afastado de suas funções, para conclusão das investigações.

Para a promotora, é necessário que medidas firmes sejam tomadas sobre essa situação. "Elas ferem a prestação de segurança que a população tem direito. A comunidade acaba não confiando mais no trabalho da polícia", alega.

O presidente do Conselho de Segurança de Paranavaí, Jesus Pereira da Penha, pede a apuração do caso com urgência. "Isso acaba com a credibilidade da Polícia, que deveria coibir a venda de entorpecentes. A comunidade não se sente segura. Não se pode afirmar que realmente exista a participação de policiais no caso, pode ter acontecido algum equívoco burocrático. Por isso a situação deve ser investigada com afinco, para não restar dúvidas", diz.

A redação entrou em contato com o delegado responsável pela 8ª SDP, Marcolino Aparecido da Costa, mas ele não quis se pronunciar, alegando que somente a Sesp se pronunciaria sobre o assunto.

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