O Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes (CMDCA) registrou boletim de ocorrência na delegacia e também procurou o Ministério Público para comunicar o descarte e destruição irregular de centenas de documentos do Conselho Tutelar de Maringá, nesta terça-feira (16). Os papéis eram na maioria relacionados a denúncias feitas entre os anos de 2007 e 2009 e não poderiam ser extraviados. Eram de casos de abuso sexual, violência contra menores e de evasão escolar. No boletim de ocorrência, a CMDCA indica uma suposta conselheira tutelar que teria sido responsável pelo extravio.

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De acordo com Célia Maria Monteiro Weffort, presidente do CMDCA, um saco plástico com os documentos sigilosos rasgados foi entregue à entidade no último sábado (13) por uma pessoa que não quis ser identificada. Ela contou também que a conselheira suspeita admitiu ter rasgado documentos de evasão escolar. A mulher não foi trabalhar nesta terça, pois está com atestado médico, e também não atendeu o celular.

Suprimir, ocultar ou destruir documentos públicos é crime e pode levar o acusado para cadeia. O presidente do Conselho Tutelar de Maringá, Laércio Ribeiro, disse que não sabia do ocorrido e esteve na delegacia para acompanhar o caso. Ribeiro afirmou que está aberto para ajudar nas investigações.

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Já o Ministério Público pediu afastamento temporário da conselheira suspeita, mas a Justiça deu prazo de 10 dias para ela apresentar uma justificativa, e só depois anunciará se acata ou não a solicitação do MPE.