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Igreja católica se posiciona contra a queima de lixo

A Arquidiocese de Maringá se posicionou contra o projeto da Prefeitura de Maringá que pretende instalar uma termoelétrica para a queima do lixo. Em nota enviada à imprensa na sexta-feira (16), o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, diz que não acha recomendável a instalação da usina no Município já que cientistas, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Estadual são contra o projeto.

Dom Anuar reforçou ainda o compromisso da igreja em cuidar do meio ambiente e da saúde da população. "Os cidadãos não devem permitir que, num Município nacionalmente conhecido como Cidade Verde, o poder público municipal implante uma política que privilegie a incineração dos resíduos sólidos urbanos."

O Ministério Público do Trabalho (MPT) abriu, nesta segunda-feira (19), um inquérito para avaliar o projeto de uma parceria público-privada para a queima de lixo em Maringá. O projeto polêmico da Prefeitura de Maringá passou pela Câmara em fevereiro deste ano e teve a aprovação dos parlamentares. O Município quer implantar uma usina termoelétrica para o tratamento de lixo na cidade. O MPT alega que a usina deixará os catadores de recicláveis desempregados, trazendo uma série de problemas.

"Com a queima dos recicláveis corremos o risco de eliminar o seguimento em Maringá. São trabalhadores que possuem baixa qualificação e dificilmente conseguirão trabalho em outra área. Estamos com uma cópia do projeto em mãos e vamos ficar acompanhando o desdobramento do caso", disse o procurador do trabalho Fábio Aurélio da Silva Alcure.

Alcure, que também é coordenador do Fórum Intermunicipal Lixo & Cidadania, disse que além de problemas no segmento dos catadores de recicláveis, a termoelétrica poderá trazer riscos ao meio ambiente. "A queima de lixo produz poluentes atmosféricos nocivos à saúde humana e ao meio ambiente. Existem outras formas de se tratar o lixo que não traga problemas à cidade", afirma.

As entidades que formam o Fórum estão coletando assinaturas para um projeto de iniciativa popular voltar a tramitar na Câmara, se posicionando contra a queima do lixo. Um protesto foi agendado para sábado (24), às 9h, na Praça Rocha Pombo, no centro de Maringá.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá informou que só vai se pronunciar sobre o caso quando for notificada pelo MPT, o que não havia acontecido até a tarde desta segunda.

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