Representantes e pessoas ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) vão fazer ato público nesta segunda-feira (31), na Câmara Municipal de Maringá, às 18 horas. A manifestação faz parte da mobilização nacional das entidades que pedem uma série de mudanças relativas aos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a atualização dos índices de produtividade do campo para a reforma agrária.
Segundo o advogado do MST, Humberto Boaventura, as entidades vão se reunir para pedir que seja aplicada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231/95, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário e aumenta para 75% o valor da hora extra. "A emenda saiu da gaveta da Câmara dos Deputados para ser analisada. A redução da jornada é uma luta das entidades. Os setores da economia cresceram ao longo dos últimos anos, sem que o aumento da produtividade tenha sido repassado proporcionalmente ao salário do trabalhador", disse o advogado.
Outro ponto que vai ser levantado nesta segunda diz respeito à atualização dos índices de produtividade no campo. "O governo federal garantiu que a atualização, que não ocorria desde 1975, seria publicada em alguns dias, mas a ainda não editou a portaria por causa da bancada ruralista que não quer a revisão dos índices", disse Boaventura.
"Com a atualização desses índices, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) vai poder desapropriar propriedades improdutivas, que não estavam disponíveis para Reforma Agrária desde 1975", concluiu. O ato público faz parte do movimento Jornada Nacional Unificada de Lutas das entidades.
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