Pelo menos 200 militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) juntamente com a Via Campesina e Assembleia Popular saíram de Florestópolis, em marcha, e seguem até Porecatu para promover um mutirão de debate sobre a crise econômica e o Projeto Popular para o Brasil, com o lema Trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise. Na caminhada, iniciada às 9 horas desta segunda-feira (18), no Norte do estado,o grupo vai dialogar com a população de várias cidades para explicar os efeitos da crise sobre os trabalhadores, além de exigir a realização da reforma agrária como uma alternativa a crise.

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Em Florestópolis, os manifestantes marcharam pela principal avenida para mobilizar as autoridades locais. Em Porecatu, o MST fez um ato na praça central da cidade com as famílias do acampamento Herdeiros de Porecatu, antiga Fazenda Variante. Eles receberam a bênção do padre e conversaram com a população.

Os manifestantes seguiram para Alvorada do Sul, onde devem passar a noite. Eles vão se reunir com o prefeito e vereadores da cidade para debater a crise mundial que afeta o campo. "Os trabalhadores não podem pagar por esta crise. Este sistema visa exploração por parte dos donos de terras e dos governos que se apropriam das riquezas e fazem demissões em massa com o corte dos direitos trabalhistas", disse o membro da coordenação do MST, Diego Moreira.

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Os trabalhadores também cobram agilidade no processo de reforma agrária. Para o movimento, a reforma seria uma saída para o momento de crise. "O agronegócio e o latifúndio tem gerado o desemprego no campo", disse Moreira. "Iniciamos por Florestópolis e Porecatu porque são áreas onde estão as principais áreas improdutivas do estado,"

Segundo o MST, existem cerca de 100 mil famílias acampadas em todo país. Somente no Paraná são aproximadamente 7.000 famílias vivendo em latifúndios improdutivos e beiras de estradas.

A marcha faz parte do Jornada Nacional da Luta pela reforma agrária. Na terça-feira (19), mais 200 membros da coluna do Oeste vão sair de Foz do Iguaçu, em caminhada, e seguem a Curitiba, com chegada prevista para o início de junho.

Durante o trajeto, o grupo vai passar por várias cidades do estado visitando escolas, paróquias, sindicatos, empresas e associação de bairros para realizar debates com a população.

A coluna do Norte segue pelos municípios, de Bela Vista do Paraíso, Londrina, Rolândia, Arapongas, Marialva, Sarandi, Maringá, Mandaguari, Jandaia do Sul, Apucarana, Marilândia, Ortigueira, Imbaú, Ponta Grossa, Campo Largo e Curitiba.

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A coluna do Oeste seguirá por Foz do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Cascavel, Ibema, Nova Laranjeira, Laranjeiras do Sul, Cantagalo, Guarapuava, Irati, Palmeiras, Campo Largo e Curitiba.