A prefeitura de Maringá assinou na tarde desta sexta-feira (28) o contrato para a construção de mais 308 casas do projeto do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" . Apesar das novas habitações nos distritos de Floriano e Iguatemi, o município ainda está longe de superar o seu déficit habitacional, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de cinco mil moradias. De acordo com o secretário de Habitação, Gilberto Delgado, as novas unidades habitacionais devem suprir somente 13% do déficit da cidade, com a construção de mais 650 casas e apartamentos. A maior parte dessas moradias (416) será construída nos distritos maringaenses para famílias com renda mensal de até três salários mínimos.
O secretário explicou que a prefeitura conta com projetos para a criação de pelo menos mais mil moradias, mas que encontra dificuldade para viabilizar terrenos destinados à construções populares.Pelo programa, o limite para construir uma casa é de R$ 42 mil, valor bem abaixo do que muitos terrenos no município. "Isso inviabilizou as obras para a baixa renda. Vários empresários que tinham plano para fazer as casas para essa faixa desistiram, tanto é que estamos conseguindo terrenos nos distritos", explicou o secretário. Atualmente, 30 mil pessoas estão cadastradas no banco de espera de casas populares. "Muitos já foram atendidos, outros não residem mais em Maringá e vários não se enquadram nas exigências do programa. De qualquer forma, estamos buscando atender essa demanda ", ressaltou Delgado.
R$ 18,2 milhões em novas moradias
Segundo Delgado, as obras nos distritos já deveriam ter sido iniciadas. "Nossa pretensão já era ter assinado os contratos, mas isso não foi possível por causa de alguns trâmites burocráticos. Mas são atrasos naturais", explicou o secretário de Habitação. As obras têm início imediato e devem ser concluídas em até 12 meses. Estas casas e apartamentos são destinadas às famílias com renda mensal de até três salários mínimos.
As casas e apartamentos que serão construídos nos distritos maringaenses contarão com investimentos de R$ 18,2 milhões. Desta quantia, R$ 5,8 milhões do convênio entre prefeitura e Caixa Econômica federal serão destinados para o distrito de Floriano, onde serão criadas 136 unidades do Conjunto Pioneiro Gonçalves Vieira dos Santos. Cada casa contará com 36,36 metros quadrados e cinco delas serão adaptadas para deficientes físicos.
Já em Iguatemi serão 172 casas no Conjunto Habitacional Albino Meneguetti (seis para famílias com portadores de deficiência) e com o mesmo formato das moradias de Floriano. O empreendimento de R$ 7.3 milhões será realizado em parceria entre prefeitura, Caixa Econômica Federal e Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar).
Ainda em Iguatemi, já foram iniciadas as obras de 108 apartamentos do Conjunto Residencial Irajá, que contarão com 42 metros quadrados cada, sendo quatro unidades adaptadas para deficientes físicos. Serão investidos R$ 5,1 milhões na parceria entre o município e o governo federal.
Segundo a Caixa Econômica Federal, em toda a região Noroeste do Estado (composta por 101 municípios) foram assinados cerca de 2.200 unidades no ano passado, o que corresponde a R$ 111 milhões de valor aplicado. Até março deste ano, mais de 1.800 projetos estavam em andamento na região para a faixa de zero a três salários mínimos. Já até a metade de 2010, cerca de 800 contratos devem ser assinados para o grupo de renda de três à dez salários mínimos.