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Os horários e os locais de exibição podem ser conferidos no Guia Gazeta Maringá
O aguardado filme Lincoln, do diretor norte-americano Steven Spielberg, é a estreia dos cinemas de Maringá nesta sexta-feira (25). O drama histórico, indicado a 12 categorias no Oscar, retrata os bastidores do poder nos meses que antecedem a abolição da escravidão e o fim da Guerra Civil nos Estados Unidos.
Os horários e os locais de exibição dos filmes podem ser conferidos no Guia Gazeta Maringá.
Steven Spielberg sabe tudo sobre fazer cinema. Com uma obra extensa, repleta de campeões de bilheterias, e algumas obras-primas, como Tubarão (1975), Contatos Imediatos do Terceiro Grau (1977) e E.T. O Extraterrestre (1982), ele conseguiu o endosso da Academia de Hollywood em 1994, com A Lista de Schindler, que lhe deu os Oscars de Melhor Filme e Melhor Direção. A estatueta de Melhor Diretor ele voltou a ganhar em 1999, com outro drama sobre a Segunda Guerra Mundial, O Resgate do Soldado Ryan. O terceiro troféu poderá vir em 24 de fevereiro com Lincoln, recordista em indicações neste ano.
Lincoln não é uma cinebiografia e tampouco busca desvendar o homem por trás da figura mítica do presidente Abraham Lincoln (1809-1865), embora se ocupe da dimensão humana dele em alguns momentos muito significativos da trama. O genial roteiro do também dramaturgo Tony Kuschner, autor da premiada peça Angels in America, centra o foco nos últimos meses da vida do estadista norte-americano, período durante o qual fez uso de toda a habilidade política e do talento inato no trato com as pessoas, para conseguir aprovar, no Congresso, a 13.ª emenda à Constituição, que aboliu a escravidão nos EUA e, em decorrência, pôs fim à Guerra Civil, sangrento confronto entre os estados do Norte e do Sul do país, travado entre 1861 e 1865.
Ao descrever o intrincado jogo de forças nos bastidores da Câmara dos Representantes, entabulado por Lincoln e pelos aliados na busca, voto a voto pela aprovação da emenda, Lincoln tece, ao mesmo tempo e sem pressa, um pulsante panorama da vida política nos Estados Unidos daquela época e um retrato tridimensional, complexo do presidente, vivido de maneira espetacular pelo irlandês Daniel Day-Lewis, que também pode (e merece) levar o terceiro Oscar por uma interpretação que é verdadeira obra de gênio.
Mas Day-Lewis não está sozinho. O elenco de apoio é extraordinário. Sally Field, também dona de duas estatuetas, brilha como a emocionalmente instável mulher de Lincoln, Mary Todd. Está indicada a melhor coadjuvante, assim como Tommy Lee Jones, excelente como o líder republicano radical Thaddeus Stevens.
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