Cerca de 5 mil manifestantes se reuniram no fim da tarde deste sábado (22) em Maringá para mais um dia de protestos. Chamado de 4º Ato pelos organizadores, o manifesto público começou por volta das 17 horas no Terminal Urbano. Na sequência o grupo seguiu pelas principais vias da cidade.
A passeata durou cerca de três horas e ocorreu de forma pacífica. Entre as reivindicações apresentadas esteve novamente a redução da tarifa do transporte coletivo e não aprovação da PEC 37, Proposta de Emenda à Constituição que pretende tirar o poder de investigação do Ministério Público (MP).
Alguns participantes também aproveitaram para comemorar a a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o transporte coletivo em Maringá. Os vereadores abriram a investigação depois de serem pressionados por manifestantes em protesto realizado na quinta-feira (20).
"A impressão é que as manifestações só estão aumentando. A população esta se reunindo para mostrar para o governo que não estamos satisfeitos. Essa mudança não é para uma semana, para um mês, mas é se manifestando que a gente pode conseguir as coisas a longo prazo", opinou o motorista Janaílson Aires da Silva.
Alguns participantes novamente levaram bandeiras de partidos políticos e acabaram sendo repreendidos por outros manifestantes. "Alguns estão tentando desvirtuar a manifestação com bandeiras partidárias. Mas nossa intenção não é destituir ninguém do poder, nossa liderança é pela cobrança e foi assim que nós conseguimos a CPI", declarou Andre Ferrari, um dos organizadores do protesto.
Percurso
Os manifestantes partiram da Avenida Tamandaré, em frente ao Terminal Urbano. A passeata seguiu pelas Avenidas São Paulo, Tiradentes e 15 de Novembro. Em frente a Prefeitura, o grupo fez uma pausa. Na sequência os manifestantes cruzaram a Avenida Duque de Caxias até a Avenida Colombo.
Uma parte seguiu até a Avenida Paraná , caminhando entre os carros e pedindo aos motoristas que saíssem dos veículos para se juntar ao ato público . Alguns atenderam os pedidos enquanto outros incentivavam os manifestantes com buzinas.
"Parei o carro porque acho essa manifestação justa e válida. Eles estão nas ruas não é só para melhorar a vida deles, mas de todo mundo", disse o vendedor Andre Vicente, de 33 anos, que ficou parado cerca de cinco minutos na avenida Colombo.
Outro grupo de manifestantes seguiu em direção a Avenida São Paulo, e encerraram o protesto por volta das 20 horas, na frente do Shopping Avenida Center, quando caia uma chuva fina na região.