Maringá quase dobrou o número de transplantes de órgãos no primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram dez transplantes, quatro a mais que o registrado no primeiro semestre de 2011. A cidade acompanhou o crescimento do Paraná que realizou 54% procedimentos a mais que no ano passado. Os números foram informados nesta segunda-feira (16) pela Comissão de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Copott) da Região Noroeste.
Segundo a coordenadora em exercício da regional Noroeste, Cláudia Escame, o crescimento, aparentemente tímido em termos de procedimentos realizados, se deve ao fato de Maringá fazer apenas transplantes de rins, enquanto outras regiões do estado fazem a cirurgia para pâncreas, coração, fígado e rins. A Copott do Noroeste abrange 115 municípios das regionais de saúde de Maringá, Campo Mourão, Cianorte, Paranavaí e Umuarama.
Entre os 13 centros transplantadores de rins no estado, dois ficam em Maringá, são o Hospital Santa Casa e o Hospital Santa Rita. "Cada hospital monitora os casos e faz contato com a comissão. Após avaliação, somos nós quem damos ou não o ok para a abordagem familiar", explica Cláudia.
Com a avaliação positiva para o transplante, a Copott entra em contato com familiares do doador. Na regional do Noroeste, 40% das famílias autorizaram a doação no primeiro semestre deste ano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o número ideal deve ser de 60%.
"Em Santa Catarina esse índice já foi atingido. Acredito que isso se deve às campanhas frequentes que conscientizam a população", declarou a diretora da Central Estadual Transplantes, Arlene Badoch. "Estamos trabalhando para que isso ocorra no Paraná também."
A diretora explica que a doação de órgão só é permitida com a autorização da família, parentes de até 4º grau, ou determinação judicial.