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Até a ala feminina passa por problemas

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Maringá, vai pedir na justiça que a cadeia de Delegacia de Sarandi seja interditada. A petição deve ser encaminhada até o fim do mês. O principal motivo é a superlotação da carceragem , que tem capacidade para 50 presos, mas abriga 165. Embora o local seja adequado para prisões temporárias, pelo menos 30 detentos já foram condenados e não foram transferidos para uma penitenciária.

A entidade aguarda apenas a conclusão de alguns documentos que certifiquem a precariedade do local. "Contamos com os laudos da inspeção da vigilância sanitária da Prefeitura de Sarandi, que também é favorável à interdição. Eles devem atestar que não tem condição de continuar da forma que está e depois aguardamos a decisão judicial, disse Flúvio Stadler, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB.

Os detentos amontoados nas celas são obrigados a se acomodar de forma improvisada, já que não há espaço para todos dormirem. De acordo com o relato dos próprios presos à reportagem do Paraná TV, eles precisam fazer escalas para dormir, e alguns usam redes.

Na ala das mulheres a situação se repete. Até um banheiro foi transformado em cela para abrigar pessoas que geralmente sofrem ameaças dos demais detentos.

"Mesmo com a inauguração de muitas penitenciárias nos últimos anos, mesmo assim a demanda tem sido grande, já que a criminalidade tem aumentado e a repressão por parte da polícia também. Por isso, cada vez temos mais presos e menos espaço físico para guardar esses presos" disse José Mauricio de Lima, delegado da unidade de Sarandi.

Um funcionário que não quis se identificar falou da dificuldade em trabalhar numa delegacia nessas condições. "Sempre a cadeia está lotada, sempre com princípio de rebelião e tentativa de fuga. Então é um trabalho que a gente tenta fazer de forma profissional possível, mas sabendo que a qualquer momento pode acontecer alguma coisa".

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