O governo estadual pretendia inaugurar o Centro de Socioeducação (Cense) de Maringá no segundo semestre de 2008, mas a falência da empreiteira que tocava a obra atrasou o cronograma em cerca de um ano e meio. A empresa abandonou o trabalho na metade daquele ano, com 65% do trabalho pronto.
Foi preciso, então, que a Secretaria da Criança da Juventude (Secj) encerrasse o contrato com a empreiteira e abrisse outra licitação. Fez-se necessário ainda solicitar, a uma junta de engenheiros, um balanço do andamento da obra, para elaborar o novo edital. O trâmite suspendeu o trabalho por cerca de um semestre. A nova construtora assumiu o serviço há nove meses.
O Cense está agora em fase final de construção, com a instalação da fiação elétrica e trabalhos de acabamento, e deve ser inaugurado até o fim deste mês ainda não há data exata. Ele possui capacidade para abrigar 30 adolescentes com internação provisória e 48 já sentenciados.
Com o atraso, os adolescentes que deixam a delegacia da têm sido encaminhados para centros socioeducativos de outros municípios, conforme a unidade com vaga disponível. Essa é uma prática que viola o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). "Estou na expectativa da abertura deste Cense há mais de quatro anos. Sem ele, precisamos remover nossos adolescentes para outras cidades, como Foz do Iguaçu e Londrina, enquanto o ECA determina que o menino esteja próximo dos familiares, para se recuperar em um ambiente mais propício", fala a promotora da Infância e Juventude de Maringá, Mônica Louise De Azevedo.
Novos Censes
Esta será a 19ª unidade do estado, que passará a dispor de 970 vagas. O número passará de mil com a conclusão do novo Cense de Piraquara, prevista para o fim deste ano; e com a construção de uma unidade em São José dos Pinhais, que deve ficar pronta no ano que vem. Cada uma terá 78 vagas.
Em Maringá e nesses novos centros, os jovens se dividirão em sete casas, com dez alojamentos individuais em cada. Haverá também espaços coletivos como um teatro de arena, um ginásio de esportes e um centro ecumênico. O projeto arquitetônico, idêntico ao de três unidades já existentes, recebeu um prêmio nacional em 2008, por ser considerado ideal para a recuperação dos adolescentes.
O Cense de Maringá custou R$ 7 milhões, pagos pelo Estado com recursos da Secj e também via Fundo Estadual para a Infância e Adolescência (FIA/PR), formado por doações de pessoas físicas e jurídicas.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura