As obras no Contorno de Mandaguari (na região Norte do Estado) podem ser iniciadas ainda este ano. A expectativa é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), que está responsável pelas desapropriações das áreas onde será feita a obra.

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Segundo o superintendente regional do DER em Maringá, Osmar Lopes Ferreira, o Governo deve desapropriar 47 lotes, dos quais 28 já estão com a documentação encaminhada. "Os proprietários estão aceitando a proposta e ninguém entrou na Justiça. Tudo está bem encaminhado e esperamos dar início às obras até dezembro", declarou.

O Governo do Estado vai investir cerca de R$ 4 milhões com as desapropriações, indenizando 32 proprietários. Ainda de acordo com Ferreira, as obras podem ser iniciadas sem que toda a área do contorno tenha sido desapropriada. "Para os trabalhos começarem basta que a área a ser trabalhada tenha todas as conduções necessárias", ressaltou.

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A assessoria de comunicação da Prefeitura de Mandaguari informou que o governador Beto Richa marcou uma visita ao município para 10 de novembro, quando deve ser assinado o início das obras. O trabalho será feito pela concessionária Viapar. Serão investidos cerca de R$ 86 milhões na construção de 11 quilômetros de vias duplicadas.

Desvio é esperado desde 1997

As obras do contorno são aguardadas pela população de Mandaguari desde 1997, quando o fluxo de carros e caminhões pesados começou ser mais intenso no perímetro urbano da cidade. Todo o trânsito da BR-376, passa pela cidade, o que causa muitos transtornos, como poluição, acidentes, atropelamentos e lentidão do tráfego. A via é um dos principais caminhos para quem segue da região de Maringá para o Norte e Leste do Estado.

Segundo a assessoria de imprensa da Viapar, o projeto do contorno está parado há pelo menos cinco anos, aguardando uma definição sobre as desapropriações. Originalmente, a desapropriação era responsabilidade da concessionária, mas durante o governo de Jaime Lerner, entre 2000 e 2002, o contrato de concessão recebeu alguns aditivos que transferiram a obrigação ao estado.

A Viapar então exigia que as cláusulas aditivas fossem cumpridas, enquanto que o governo não admitia a mudança no contrato. Desde então, a indefinição tem atrasado o começo das obras.

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Somente em junho do ano passado é que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tornou a área destinada ao contorno como espaço de utilidade pública. Com isso, o governo estadual ganhou autonomia para desapropriar os terrenos.