A ocupação das casas de um conjunto habitacional em construção no Jardim Universal, esta semana em Sarandi, foi a segunda que ocorreu na cidade em menos de quatro meses. Em dezembro de 2008, a empreiteira responsável pela construção de outro núcleo de casas, no Parque Alvamar, abandonou a obra inacabada o que deu margem para que algumas unidades fossem ocupadas. Atualmente, a obra no local continua parada e as famílias permanecem nos imóveis há cerca de um mês.
De acordo com Geraldo Irineu, assessor da Prefeitura de Sarandi, a empreiteira justificou a interrupção da construção do conjunto, no fim de 2008, alegando que pediu mais dinheiro para Caixa Econômica Federal para conclusão da obra, mas a solicitação foi negada. A Prefeitura pretende ajuizar uma ação contra a construtora para que os imóveis sejam concluídos.
"As moradias do Parque Alavamar encontram-se no mesmo estágio (de construção) das do Jardim Universal. Estão sem janelas, sem acabamento e algumas sem cobertura", disse Irineu. Do total de 28 casas, oito estão ocupadas, mas as famílias não podem ser consideradas invasoras. Quatro delas estão na lista de beneficiadas do conjunto e as outras quatro, segundo Irineu, foram enganadas por alguém mal intencionado que alugou os imóveis indevidamente. Essa situação também está sendo investigada. "Todas (as famílias) não fazem objeção em sair", disse.
Diferentemente do que ocorreu no invasão do conjunto do Jardim Universal, no caso do Parque Alvamar, as casas foram sendo ocupadas aos poucos e não houve uma ação coordenada.
A Ebenge Engenharia de Construções, empreiteira responsável pela obra no conjunto do Parque Alvamar, foi procurada pela reportagem para falar sobre o assunto, mas o engenheiro que poderia responder não foi localizado.