A paralisação nacional dos médicos afetou os atendimentos em hospitais e clínicas de Maringá. Na manhã desta terça-feira (30), cerca de 90% dos profissionais do Hospital Universitário de Maringá (HUM) e todos os acadêmicos de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM) cruzaram os braços, de acordo com o coordenador do curso, Nelson Shozo Uchimura. Profissionais de clínicas e hospitais particulares tiveram autonomia para decidir se suspenderiam o atendimento.
A mobilização, promovida pela Sociedade Médica de Maringá, pelo Conselho Regional de Medicina de Maringá, pelo Sindicato dos Médicos Maringá e pelo Centro Acadêmico de Medicina de Maringá, prevê a suspensão parcial dos atendimentos nesta terça (30) e quarta-feira (31). Os organizadores dizem que o setor de urgências e emergências não será afetado, mas que consultas e procedimentos eletivos deverão ser remarcados.
"Greve na área médica é algo complicado, não podemos simplesmente fechar as portas, temos de manter o atendimento necessário. Estamos agindo para conscientizar a população dos problemas da Saúde", avaliou o presidente da Sociedade Médica de Maringá, Kemel Jorge Chammas.
Segundo Chammas, aproximadamente 500 pessoas estavam reunidas na praça da Catedral Nossa Senhora da Glória, após uma passeata que começou no Estádio Willie Davids, por volta das 11h20. Eles colhiam assinaturas da população para um abaixo assinado que será encaminhado ao Congresso Nacional manifestando a indignação em relação a medidas que o governo federal tomou na área da Saúde.
De acordo com o diretor da Regional de Saúde de Maringá, Kazumichi Koga, os protestos se dirigem, principalmente, contra três posicionamentos recentes do governo federal: os vetos da presidente Dilma a alguns pontos do chamado Ato Médico; à medida provisória que aumenta para oito anos o tempo do curso superior de Medicina; e à liberação de médicos estrangeiros do exame de revalidação do diploma, o Revalida.
Segundo os organizadores, os protestos devem se repetir nesta quarta-feira (31).
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