Um voo da Gol atrasou a partida do Aeroporto de Maringá, com direção a São Paulo, por quase três horas porque havia uma passageira com suspeita de estar contaminada com a gripe A H1N1. O avião deveria sair de Maringá por volta das 17h40, mas decolou por volta das 20h20. Também estava programada uma escala em Curitiba. Cerca de 130 passageiros estavam a bordo da aeronave.
Segundo informações de passageiros que estavam no voo, a mulher teria entrado no avião usando máscara, mais tarde avisou uma comissária de bordo que queria trocar de lugar, pois estaria do lado de idosos. Com isso, a comissária comunicou a questão ao piloto, o qual entrou em contato com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A mulher teria se recusado a descer do avião por cerca de duas horas.
A passageira com a suspeita da nova gripe é uma consultora de Santa Catarina que estava prestando serviços a uma empresa de Maringá. Iladir Janick teria dito que estava gripada, mas, segundo ela, seria uma gripe normal, pois ela não estaria apresentando os sintomas da gripe suína.
Como a mulher se recusava a sair do avião, houve um princípio de confusão com os demais passageiros que exigiam a saída de Iladir. A Polícia Federal (PF) foi chamada e por volta das 19h40 a consultora resolveu se retirar da aeronave. O avião seguiu para Curitiba cerca de 40 minutos depois. A mulher foi encaminhada a uma clínica particular da cidade para fazer exames de rotina. Não foi colhido material para exame da gripe suína, pois ela não apresentava os sintomas da doença.
O casal Gisele Assunção e José Assunção, ambos corretores de seguros, e os três filhos viajariam com destino ao Recife, capital de Pernambuco, mas desistiram de embarcar. Um dos motivos foi a demora da partida do voo, mas o medo da contaminação da nova gripe foi a questão que mais pesou na decisão do casal.
O Superintendente do Aeroporto de Maringá, Marcos Valêncio, afirmou que não havia motivo para alarde, pois a mulher não apresentava os sintomas da gripe A H1N1.
Versão da passageira
Iladir Janick disse que estava com muita coriza e por isso teria pedido mais lenços ao hotel em que estava hospedada em Maringá. O hotel teria avisado à Anvisa sobre a situação da consultora de gestão ambiental.
Ela disse que teve pouca febre e que não tinha outros sintomas da gripe suína. No entanto, por precaução, pediu uma máscara na sede da Anvisa, localizada no aeroporto, e embarcou. Quando chegou ao avião, verificou que sentaria ao lado de um casal de idosos e por isso teria pedido para que a comissária de bordo trocasse-a de lugar. Nesse momento teria começado a confusão.
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