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Oito crianças já reconheceram o homem de 55 anos preso no último sábado (13) como sendo autor de abuso sexual contra menores. Até quarta-feira (17), cinco meninas afirmavam ter sido vítimas de agressão sexual por ele, e a Polícia Civil de Maringá confirmou que outras três também fizeram o reconhecimento nesta quinta (18). Os investigadores acreditam que o suspeito tenha estuprado pelo menos 30 meninas.

A prisão ocorreu no último sábado (13) na Vila Morangueira, na periferia da cidade, de acordo com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN). A suspeita foi levantada há 15 dias, depois que duas mães procuraram a Delegacia do Adolescente e relataram que as filhas, de 10 e 12 anos, mantiveram relações sexuais com o homem.

A estimativa de até 30 vítimas é baseada nas anotações de três agendas encontradas na casa dele. O material trazia o nome de cerca de 30 crianças e adolescentes, todas do sexo feminino, com as respectivas características físicas e idade. Também havia anotações referentes à virgindade das garotas.

No casa do suspeito, a polícia apreendeu as agendas e fitas de filmes pornográficos, que segundo as vítimas eram colocadas durante as relações.

"Acredito que essas anotações eram feitas depois de ele ter consumado o fato", diz o titular da Delegacia do Adolescente de Maringá, delegado Gustavo Pinho Alves. Ele explica que o estupro é configurado em toda relação mantida com menores de 14 anos. No caso de adolescentes com idade entre 15 e 18 anos, o crime acontece caso a relação sexual seja mantida mediante violência ou grave ameaça.

As investigações da polícia continuam para localizar e ouvir as outras meninas citadas nas agendas para confirmar se elas também foram vítimas do maníaco.

Homem oferecia dinheiro e doces

Alves afirma que, segundo a investigação da polícia, o homem vendia e comprava revistas usadas. No primeiro contato com as vítimas, ele pediria ajuda para separar o material, em troca de dinheiro. Assim que chegavam à residência dele, porém, as garotas seriam aliciadas, sendo estimuladas a tomar banho e a fazer sexo. Nesse momento, ele oferecia entre R$50 e R$80 para manter relações sexuais, além de doces, refrigerante e sorvete "Os pedófilos geralmente atuam em bairros carentes, aliciando as crianças em troca de dinheiro", diz o delegado.

Ele acrescenta que, somente neste mês, excluído o caso em questão, seis inquérito foram abertos para investigar estupro contra crianças, adolescentes e mulheres em Maringá.

Acusado nega crime

O homem está detido na carceragem da 9ª Subdivisão de Polícia Civil (SDP) de Maringá, em uma cela exclusiva. Em depoimento, ele negou que tenha cometido os estupros. Confirmou apenas que convidava as meninas para o ajudassem no trabalho de separação das revistas e que algumas delas, de fato, tomaram banho em sua residência. Diz ainda que pagava pelo serviço e que oferecia sorvetes e refrigerantes, mas sem estuprá-las.

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