Pelo menos seis vereadores maringaenses são pré-candidatos a deputado

Restando pouco mais de um ano para a próxima eleição, alguns vereadores já estão de olho em uma cadeira na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Levantamento feito pela Gazeta Maringá mostra que pelo menos seis dos 15 parlamentares maringaenses têm pretensões de disputar uma vaga para deputado estadual em 2014, ou seja, 40% da Câmara.

Entre os que já se colocam como pré-candidatos estão: Belino Bravin (PP), Chico Caiana (PTB), Humberto Henrique (PT), Luciano de Brito (PSB), Luiz Pereira (PTC) e Mário Verri (PT). Caso entrem, de fato, na campanha, os seis devem enfrentar uma eleição mais acirrada que a de 2010. Isso porque uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reduziu o número de cadeiras do Legislativo paranaense de 54 para 53.

Para enfrentar a forte concorrência e aumentar a representatividade maringaense, os pré-candidatos trabalham com uma lógica de voto distrital. Em 2010, a Região Metropolitana de Maringá (RMM) – que era responsável por 6,5% do eleitorado do estado – perdeu nomes na Alep. Na ocasião, apenas três representantes locais se elegeram - Dr. Batista (PMN), Enio Verri (PT) e Evandro Júnior (PSDB) -, três a menos que na legislatura anterior.

Este ano, Wilson Quinteiro (PSB), que era suplente, assumiu a vaga deixada por Reni Pereira (PSB), eleito prefeito de Foz do Iguaçu. Com quatro representantes, o índice de deputados estaduais com base na região de Maringá passou a ser de 7,4% do total de parlamentares paranaenses.

O desequilíbrio é ainda maior quando vistos os números de Curitiba e região metropolitana. Com 17,23% do eleitorado paranaense, a capital e seu entorno ocupam 40% das cadeiras da Alep. O interior, que comporta 82,77% do eleitorado, ocupa 60% das vagas.

"Ainda existem vários candidatos de outras regiões que buscam voto aqui, seja pelo poder econômico ou político. Por isso, acredito muito no voto regional", explicou o vereador Mário Verri, que também é presidente do diretório do PT em Maringá.

Chances

Para o vereador Luiz Pereira, a diminuição de cadeiras para a próxima legislatura não deve interferir muito nas chances dos candidatos, já que tudo depende das coligações que serão feitas. No entanto, a presença de "paraquedistas" atrapalha. "O eleitor tem que olhar para isso e avaliar", explicou. Caso confirme sua candidatura no ano que vem, Pereira – que também é bancário - pretende trabalhar a campanha principalmente junto aos sindicatos.

Já para Francisco dos Santos, o "Chico Caiana", as chances de uma possível eleição passam pela questão ideológica. "Apesar do PTB não ter expressão na região de Maringá, é uma sigla com ideologia partidária e isso vai contar. Sou um nome novo e estamos na luta", explicou Caiana, que prevê uma eleição mais fácil do que a campanha para vereador. "Só no bairro onde moro teve 11 candidatos no ano passado", ressaltou.

Outro cotado para disputar o pleito é o petista Humberto Henrique. Para ele, existe espaço para dois vereadores do mesmo partido na eleição para deputado. "É claro que se somente um saísse, a certeza de eleição seria maior, mas venho crescendo nas últimas eleições municipais. Além disso, acredito que se o Enio [Verri] sair como candidato a deputado federal, ele deve transferir muitos votos da região para o Mário", avaliou Henrique.

O primeiro vice-presidente da Câmara de Maringá, Luciano de Brito, também confirmou que colocou seu nome para apreciação do PSB. "A sondagem já ocorreu via partido e estamos conversando nesse sentido."

Belino Bravin segue com discurso semelhante. "Pretensão [de se tornar candidato a deputado] eu tenho, mas tem que falar com o partido", explicou o vereador, informando que o PP já estuda alguns nomes como o da deputada federal Cida Borghetti e o do presidente da Câmara Ulisses Maia (PP). No entanto, Maia declarou que não sairá candidato no ano que vem e que pensa na eleição de 2016, onde é cotado para disputar a Prefeitura.

Além de Maia, a reportagem ouviu Adilson Cintra (PSB), Carlos Mariucci (PT), Edson Pereira (PMN), Ideval de Oliveira (PMN), Manoel Sobrinho (PC do B) e Márcia Socreppa (PSDB). Todos informaram que não têm pretensões de se tornar candidatos a deputado em 2014. Os vereadores Carmen Inocente (PP) e Jones Darc (PP) não foram localizados para comentar o assunto.