Os 27 dos 40 policiais federais que aderiram à paralisação de 48 horas em Maringá voltaram ao trabalho por volta das 8 horas desta quarta-feira (28). As atividades foram normalizadas, conforme o previsto, apesar de a categoria local ter rejeitado a proposta feita pelo governo federal, de reajustar o salário dos funcionários em 15,8%. A oferta foi recusada em assembleia realizada no final da tarde de terça-feira (27), na sede do Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Paraná (Sinpef-PR) em Maringá.
De acordo com o representante local do Sinpef-PR, Eduardo Zobitch, a proposta apresentada pelo governo é a mesma de agosto do ano passado, quando mais de 7 mil policiais federais cruzaram os braços por 70 dias. Ele afirmou que, apesar da reivindicação salarial ser importante, o principal objetivo da paralisação é a reestruturação da carreira de policial federal.
Os policiais pedem o reconhecimento das atribuições de nível superior, o fim do assédio moral, igualdade de oportunidades dentro do órgão e leis que garantam a gestão por mérito. "Não basta o governo acordar sobre a necessidade da formação no Ensino Superior. Isso deve ser regido por lei para que todos os direitos sejam assegurados", defendeu o representante do Sinpef.
A paralisação em Maringá e em outras cidades do Paraná, que ocorreram na segunda (26) e terça-feira (27), vem a reboque de outras paralisações que ocorreram no país na semana passada.
Novas paralisações estão previstas até a Copa de 2014
Segundo Eduardo Zobitch, há um acordo entre os sindicatos federal e estaduais que cogita a possibilidade de novas paralisações e até mesmo greves dos policiais federais até o início da Copa de 2014. "Enquanto a categoria não for atendida, haverá manifestação. A forma como isso será feito depende da decisão das assembleias realizadas nas bases e sedes dos sindicatos", explicou.
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