O motorista disse aos policiais que levava o agrotóxico de Cascavel a Bahia, por mil reais

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A Polícia Federal apreendeu 1,3 tonelada de agrotóxico em pó suspeito de ser contrabandeado do Paraguai, na noite de quinta-feira (18), em Cianorte. Trata-se da maior apreensão de agrotóxico irregular feita neste ano no Brasil, segundo o delegado Alexander Dias, chefe das operações da PF em Maringá. O material era transportado em uma carreta bitrem, escondido sob uma carga de farinha de trigo.

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O flagrante foi feito perto das 23h, na PR-323, em frente ao posto da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Cianorte. "Era um trabalho de rotina. Estávamos abordando vários motoristas, em quatro pontos da região. Este homem demonstrou nervosismo, e percebemos um volume anormal na carga", conta Dias. Quatro agentes participaram da ação em Cianorte.

O delegado diz que a carreta pertence a uma empresa de Jussara, município a cerca de 15 quilômetros de Cianorte. A empresa, contudo, não teria relação com o crime, que seria praticado de forma isolada pelo motorista. Em depoimento, o homem, de 43 anos, disse que levava a carga de Cascavel a Luís Eduardo Magalhães, na Bahia. Ele receberia mil reais pelo serviço. "A experiência que temos indica que esse agrotóxico foi produzido na China e chegou ao Brasil vindo do Paraguai", fala o delegado.

Dias acrescenta que não havia embalagem identificando o tipo de veneno, que estava embalado em dois tipos de pacote - um branco e outro, prata. Parte da carga foi enviada para a perícia, que vai precisar a qualidade do agrotóxico. O restante do material apreendido seguiu para a Receita Federal de Maringá, onde chegou ainda durante a madrugada.

Segundo Dias, o contrabando de agrotóxico cresce nesta época do ano, em virtude do início do período de colheita. Além disso, por estar próxima do Paraguai e por ser uma região de intensa atividade agrícola, Maringá é peça-chave na rota de contrabando desses produtos.