Policiais federais de Maringá e de outras seis cidades do Paraná fizeram uma paralisação na manhã desta terça-feira (25), acompanhando uma manifestação nacional da categoria. Em Maringá, onde há cerca de 50 agentes, o ato ocorreu entre 8h e 10h. Os policiais protestaram contra a Lei Orgânica da Polícia Federal, que está em estudo no Ministério do Planejamento. Apesar da paralisação, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), Sílvio Jardim, afirma que não há prejuízos para a população.
"Queremos mostrar ao governo que estamos mobilizados", diz. Segundo ele, serviços de confecção de passaporte, emissão de certidões de antecedentes criminais e registro de armas são feitos por funcionários terceirizados e estão mantidos normalmente nesta terça-feira.
"Os delegados continuarão a trabalhar e garantimos que agentes em operações policiais não interromperão o serviço", diz. No Paraná, segundo o Sinpef-PR, trabalham 800 policiais federais, mas o sindicato não tem uma estimativa de quantos aderiram ao movimento. Em Maringá, o agente Sidney Bueno Silva, responsável pela Comunicação Social, informa que todos os 50 policiais participaram do ato.
No Paraná, o protesto atinge ainda as outras sete unidades da PF, nas cidades de Curitiba, Paranaguá, Guarapuava, Cascavel, Guaíra e Foz do Iguaçu. O presidente do Sinpef-PR conta que os policiais aproveitam o período de paralisação para discutir uma agenda de manifestações. "Vamos analisar a situação e o que é possível fazer para mostrar nosso descontentamento com o descaso do governo", afirma.
Reivindicações
Entre outros assuntos, a Lei Orgânica da Polícia Federal trata de pontos que dizem respeito à ampliação das atribuições da categoria. A matéria está no Ministério do Planejamento e os policiais afirmam que não há discussão do tema com a classe. Outra reivindicação dos policiais diz respeito aos agentes de terceira classe, admitidos depois de 2004 e que representariam 40% do efetivo. Segundo Jardim, os policiais nessa situação não conseguem ascender na carreira por conta da burocracia.
A reportagem entrou em contato com o Ministério do Planejamento para ouvir o posicionamento da pasta em relação às reclamações dos policiais, e aguarda um retorno da assessoria de imprensa do órgão. Também procurada pela reportagem, a Divisão de Comunicação Social da PF, em Brasília, informou que não se pronunciará sobre a paralisação ou as reivindicações do movimento.
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