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Um ano e meio depois de iniciado, o projeto que criaria os Pontos de Entrega Voluntária (PEV's) de entulho em Maringá ainda não funciona. Dos quatro locais que seriam construídos pelo município, apenas um ficou pronto, mas permanece fechado há meses, conforme mostra reportagem da RPCTV Maringá.
Diante da falta de um local para destinar esse material, muitas pessoas acabam jogando lixo em terrenos baldios bem ao lado do PEV construído. É o caso do carroceiro Ademir de Oliveira. "Ali foi um depósito até terminar as obras, mas [o trabalho] acabou e não colocaram as caçambas, então nós continuamos jogando ali".
Além de entulho, o "lixão" ao lado do ecoponto recebe materiais como sofás e móveis. Em Maringá, o único lugar autorizado para receber equipamentos eletrônicos e móveis velhos é particular. As pessoas têm que pagar R$ 0,80 para efetuar o descarte.
Segundo o consultor técnico da empresa, Alexandre Martins, o trabalho de coleta, transporte e destinação final será realizado com uma quantidade mínima de cem quilos. Se a residência não tiver essa quantidade, o custo mínimo de coleta de R$ 80.
Como o valor não é acessível para todos, quem mais sofre com isso são os moradores próximos aos terrenos que estão se tornando lixões. Para a dona de casa Josefa de Oliveira, a sua propriedade acaba ficando desvalorizada."Fica bem feia a casa da gente com o lixo perto".
Burocracia atrasas Ecopontos
Para acabar com o lixão e colocar o ecoponto em funcionamento, falta a liberação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP). De acordo com o chefe da regional do órgão, José Luiz Nardo, a prefeitura ainda não entrou com o pedido de todas as licenças necessárias.
"Está faltando dar uma sequência nas licenças que foram entradas. As licenças prévias já venceram, então temos que refazer as prévias para entrar com a licença de instalação", afirmou.
Já o secretário de Serviços Públicos, Vagner Mussio, informou que os ecopontos não funcionam por morosidade do IAP. "Nós tínhamos uma licença de instalação na qual a utilizamos e construímos o PEV. O problema [e que Maringá não tem um local de destinação para disposição final desse material que vai entrar na PEV", declarou.