Levantamento aponta que alguns postos já cobravam entre R$ 1,97 e R$ 2,00 pelo litro do etanol nesta sexta-feira (17)| Foto: Fábio Guillen / Gazeta Maringá

O preço do etanol teve um novo reajuste nos postos de combustíveis de Maringá. Alguns locais que cobravam até R$ 1,79 pelo litro do álcool no início da semana reajustaram o preço em até R$ 0,21. Levantamento aponta que estabelecimentos já cobravam entre R$ 1,97 e R$ 2,00 nesta sexta-feira (17).

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Como o valor da gasolina permanece em torno de R$ 2,79 o litro, o álcool deixa de ter maior custo/benefício. Para saber qual combustível é mais vantajoso, é necessário dividir o valor do etanol pelo valor da gasolina. Se o valor for de até 0,7 (que significa que o etanol custa até 70% do valor da gasolina), o custo benefício maior é do etanol; caso contrário, da gasolina. A divisão entre os valores praticados atualmente, 1,99 e 2,89, tem como resultado 0,71 (71%).

Aumento dos preços é questionado

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Desta vez, o aumento dos preços não tem ligação com a mudança na forma de tributação (que já havia reajustado o preço em pelo menos R$ 0,20 centavos no início do mês). De acordo com o presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, a elevação no preço nas bombas é resultado de uma reação em cadeia.

"Teve aumento no preço do produtor, do distribuidor e agora chegou aos postos. Ninguém mais entende o mercado do álcool. Estamos em plena safra e o preço acaba subindo. Têm companhias vendendo etanol para revendedor a R$ 1,79 de custo. Isto é um absurdo".

O superintendente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Paraná (Alcopar), José Adriano Dias, confirma o aumento do preço nas usinas. "No final do mês, as empresas em geral têm a necessidade de ir ao mercado de forma mais agressiva para fazer fluxo de caixa e honrar seus compromissos. São oscilações normais de mercado", explica.

No entanto, Dias questiona o valor cobrado nos postos. "O preço nas usinas está na faixa de R$ 1,08 e R$ 1,09, ou seja, uma variação de R$0,07 em relação aos últimos dias. Agora, esta mudança não justifica o aumento que houve nos postos", ressaltou.

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