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O prefeito Silvio Barros defendeu que blitze sejam realizadas na saída de festas promovidas em chácaras, durante a quarta reunião ordinária do Grupo de Gestão Integrada (GGI), na manhã desta sexta-feira (13), em Maringá. Para a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), porém, a falta de efetivo é um empecilho para a operacionalização dessas operações. O encontro teve apenas o objetivo de discutir o assunto.

Na reunião, o prefeito disse que o propósito das blitze seria impedir que pessoas que passaram toda a festa consumindo bebidas alcoólicas voltem para casa dirigindo. "As pessoas bebem até cair nessas festas, que começam em um dia e terminam até dois dias depois. Com as operações policiais na saída, os motoristas que tiverem bebido não vão embora, evitando, assim, acidentes. É o jeito."

Além disso, Barros defendeu que a fiscalização também seja intensificada nessas festas, começando pelas autorizações dadas pela administração municipal, que já pede por pareceres favoráveis de vários órgãos, como o Corpo de Bombeiros, até a presença de seguranças e da Vigilância Sanitária. "Se atender às exigências, tem festa, mas se não tiver, não tem", afirmou, categoricamente. "Temos de proteger a vida dos cidadãos."

O capitão da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) Ademar Carlos Pascoal alertou, porém, que o efetivo disponível não é suficiente para operacionalizar blitze na saída de todas as festas. Ele comentou que mesmo que destinasse 30 oficiais para essas operações, apenas os primeiros motoristas seriam barrados, pois seria necessário acompanhá-los até a delegacia para lavrar o flagrante, assim que a alcoolemia fosse constatada.

"Minha sugestão é que os organizadores incluam no orçamento da festa ônibus, vãs e outros carros para levar frequentadores que beberam embora", disse. "Além disso, é importante que o seguro para terceiros seja feito, para atender pessoas que sofram algum acidente ou sejam agredidas nesses lugares, pois, atualmente, qualquer procedimento médico tem um custo relativamente alto."

O presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Maringá, o coronel Antônio Tadeu Rodrigues, defendeu também um maior rigor na fiscalização das festas. O conselho não tem levantamento de quantas festas ocorrem sem permissão no município, mas já recebeu denúncias a respeito disso. "Uma empresa de segurança regulamentada na Polícia Federal já entrou em contato para fazer de uma festa onde os seguranças não eram regulamentados."

Atualmente, um projeto de lei que regulamenta a realização dessas festas, de autoria dos vereadores Flávio Vincente (PSDB) e Dr. Sabóia (PMN), tramita na Câmara de Vereadores de Maringá (CMM). O presidente da CMM, Mário Hossokawa (PMDB) disse que o projeto ainda precisa passar por algumas reformulações. O capitão Pascoal se colocou à disposição para analisá-lo e fazer sugestões.

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