A Prefeitura de Maringá e mais dez entidades se uniram para realizar o mapeamento de todos os fundos de vale, córregos, afluentes e galerias pluviais no município. O objetivo é constatar quais são pontos mais poluídos, para, então, identificar os poluidores. Além disso, o trabalho fornecerá informações para a realização de campanhas de conscientização da população. A informação foi divulgada na manhã desta quarta-feira (27), em reunião realizada na Prefeitura.
Além das secretarias do Meio Ambiente, Serviços Públicos, Saúde e Urbanização, a Promotoria do Meio Ambiente, a Polícia Ambiental e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) estão envolvidos nessa força-tarefa. A previsão é de que o mapeamento demore de três a cinco anos para ser feito.
Os poluidores que forem identificados ser punidos com notificações e multas. Ao mesmo tempo, as informações darão corpo a campanhas de conscientização. "Não podemos esperar os cinco anos para começar a trabalhar com a consciência ambiental da população."
Pontos críticos
Segundo o diretor geral da Secretaria do Meio Ambiente, Sérgio Viotto, de 30% a 50% dos córregos de Maringá já estiveram poluídos em algum momento ou sofrem erosão. Ele exemplifica citando o Córrego Mandacaru, na área urbana, onde já foi encontrado lixo doméstico e até esgoto.
Além disso, há outros córregos, na zona rural, nos quais indústrias despejaram efluentes tóxicos só neste ano, três indústrias receberam multas de R$ 20 mil a R$ 50 mil por conta disso.
Viotto afirma que o despejo irregular de lixo e substâncias tóxicas em galerias pluviais, fundos de vale e córregos gera a poluição hídrica. "Muitos moradores despejam, por exemplo, óleo de fritura na pia da cozinha, sem saber que apenas um litro de óleo polui 1 milhão de metros cúbicos de água", afirma Viotto. "Da mesma forma, o lixo doméstico, os efluentes tóxicos e o esgoto comprometem a qualidade da água."