Uma quadrilha que assaltava propriedades rurais nas regiões Norte e Noroeste do Paraná foi presa na manhã desta terça-feira (21) pela Polícia Civil. Chamada de Operação Fazenda, a ação prendeu 14 homens - quatro deles acusados de participarem do assalto à fazenda do sobrinho dos senadores Álvaro e Osmar Dias, em Maringá, em junho. Onze dos detidos tinham mandado de prisão decretado, por supostamente integrar a quadrilha, e três foram presos em flagrante por tráfico de drogas.
Também foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, que recolheram parte dos objetos furtados pela quadrilha, como tratores, caminhões e automóveis.
O delegado-chefe da Polícia Civil de Maringá, Marcio Amaro, afirma que a quadrilha agia há cerca de seis meses e praticou aproximadamente 15 assaltos em fazendas de diversos municípios da região, como Maringá, Londrina, Cambé, Rolândia e Astorga. O prejuízo estimado dos furtos passa de R$ 1 milhão.
O delegado-chefe da Polícia Civil de Londrina, Sérgio Barroso, acrescenta que a quadrilha agia com violência e atuava em grupo, com pelo menos seis pessoas, todas armadas. No assalto à fazenda do sobrinho dos senadores Álvaro e Osmar Dias, duas famílias de agricultores foram mantidas reféns por nove horas. O bando furtou um caminhão, uma caminhonete e um trator do caseiro da fazenda.
Oito dos detidos são de Londrina. Segundo Barroso, a maioria reside no Jardim União da Vitória, na região Sul do município. Os outros presos são de Astorga (4) e Jaguapitã (2).
De acordo com o delegado, o líder da quadrilha está entre os detidos. Trata-se de "Beto" Guaravera, que tem passagens na polícia por roubo e porte ilegal de armas.
As investigações estavam sendo realizadas há cerca de 90 dias. Policiais civis de Maringá, Londrina e Curitiba participaram das prisões. A operação recebeu apoio do Núcleo de Repreensão a Crimes Econômicos (Nurce) de Maringá e foi acompanhada pelo delegado-chefe da Divisão Policial do Interior, Luiz Alberto Cartaxo Moura.
Todos os detidos foram encaminhados para a 9.ª Subdivisão Policial (SDP), em Maringá, onde vão cumprir prisão temporária de cinco dias. A partir desta quarta (22) as vítimas da quadrilha devem ser convocadas a comparecem à delegacia de Maringá para identificar os homens detidos e também os objetos apreendidos.
Segundo o delegado-chefe da Divisão Policial do Interior ainda falta prender um membro da quadrilha que ainda não foi localizado, mas que também já tem mandado de prisão.
Se identificados pelas vítimas, os presos devem ser indiciados por roubo e formação de quadrilha.