A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou, nos últimos dias, 879 imagens de veículos que estavam acima da velocidade máxima permitida (60 km/h) na Avenida Colombo, trecho urbano da BR-376 que corta Maringá. Na última sexta-feira (11), utilizando um radar estático, a PRF começou a aplicar multas no local. As 879 imagens foram captadas até segunda-feira (14).
O chefe do Núcleo de Policiamento da Delegacia da PRF de Londrina, que abriga a região de Maringá, Vicente Zangirolani, considera a quantidade de quase mil imagens relevante.
Para que os motoristas sejam autuados, porém, as fotos precisam ser, antes, validadas. O processo consiste em comparar os dados das imagens com os do sistema da própria corporação.
Zangirolani ressalva que algumas imagens não se convertem em autuações. "Se não houver concordância entre os dados das fotos e do sistema, os motoristas não são autuados", explica. "Em geral, a média é de apenas 10% de multas descartadas, já que os radares utilizados são muito modernos e precisos na captação dos dados."
Depois que os motoristas são autuados, eles podem entrar com recursos. As multas variam de R$ 85 a R$ 574, dependendo da velocidade do veículo. O motorista é penalizado com a perda de, no mínimo, quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Começa das multas
A fiscalização começou na sexta-feira (11), depois que Departamento de Estradas de Rodagem (DER) autorizou o uso de radares. Antes disso, a PRF teve de enviar um estudo técnico ao DER, informando detalhes sobre a avenida, a fim de justificar a utilização dos aparelhos. Por enquanto, só foi utilizado o radar estático. Zangirolani diz considerar a possibilidade de, futuramente, usar radares dos tipos portátil, móvel e fixo.
Antes de obter a liberação do DER, a Avenida Colombo passou mais de um ano sem fiscalização. Zangirolani diz que, assim que a PRF se tornou responsável pelo trecho, que abrange quase oito quilômetros, em maio do ano passado, operações de fiscalização foram feitas com radares. Contudo, como não havia autorização do DER, não se converteram em autuações. Os dados foram utilizados somente para realizar abordagens educativas com os motoristas.
Por questões estratégicas, a PRF não informa quantos radares e quais pontos são fiscalizados.
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