Sete funcionários do Procon prometem multar, na tarde desta terça-feira (10), agências bancárias de Maringá cujas filas excedam 20 minutos de espera, ou que descumpram outros direitos assegurados aos clientes. Oito agências da região central serão visitadas, a partir das 13h30. Em caso de irregularidades, os bancos receberão punições que partem de mais R$ 10 mil e podem aumentar conforme a característica da infração.
Fiscalizações do gênero foram feitas pelo menos três vezes neste ano, mas estavam interrompidas desde a proliferação da gripe A H1N1, quando as agências foram obrigadas a controlar o fluxo de clientes. De acordo com o coordenador do Procon de Maringá, Dorival Dias, os trabalhos anteriores resultaram em um montante de multas que ultrapassa R$ 300 mil.
"Sentimos que os problemas [no atendimento aos clientes] voltaram depois do fim da gripe. Acreditamos que os bancos reduziram o número de atendentes, o que está gerando muitas queixas", fala Dias. A principal reclamação é quanto ao tempo de espera na fila. O coordenador, contudo, não possuía um dado atualizado da frequência desse tipo de queixa para fornecer à reportagem.
Ele esclarece que o trabalho ficará restrito às agências do centro porque o horário bancário é reduzido e impede uma fiscalização em toda a cidade. Nas agências que ficam nos bairros, afirma, são feitas visitas pontuais.
Multas
Os bancos serão autuados e multados em três situações principais: filas que excedam 20 minutos de espera, senhas de atendimento distribuídas sem o horário de emissão e falta de assentos para a espera, sobretudo no caso de pessoas idosas.
Dias afirma que esta fiscalização é a primeira a adotar um sistema de punição atualizado. Antigamente, as multas variavam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. Agora, o valor inicial supera R$ 10 mil e a penalidade cresce conforme a característica da infração. "Há agravantes conforme o tamanho da empresa e o número de pessoas atingidas pela irregularidade."