Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Tecnologia

Professor de Maringá cria programa para arquivar exames médicos

Carlos Sica de Toledo, o criador do Exude: ideia surgiu depois que o professor não conseguiu encontrar seus próprios exames | Ivan Amorin/Gazeta do Povo
Carlos Sica de Toledo, o criador do Exude: ideia surgiu depois que o professor não conseguiu encontrar seus próprios exames (Foto: Ivan Amorin/Gazeta do Povo)

Encontrar o resultado de antigos exames de saúde pode se tornar um grande desafio: basta o médico solicitar algum desses documentos para que armários e gavetas sejam revirados. Para evitar esse tipo de transtorno, um professor da Universidade Estadual de Maringá (UEM) criou o Exude, um software destinado ao controle de exames laboratoriais. Os exames ficam gravados em um banco de dados on-line, que pode ser acessado por pacientes e médicos.

"Em 2009, eu me preocupei com meu colesterol bom, o HDL, que estava abaixo do nível de referência. Procurei meus exames antigos para comparar com os recentes e passei por momentos difíceis para encontrar alguns deles. Cada um estava em uma parte da casa", contra o criador do Exude, Carlos Sica de Toledo, que é mestre em Ciência da Computação. Foi aí que ele começou a desenvolver o programa, que além de armazenar os dados cria gráficos e tabelas comparando o resultado dos exames.

"A maioria dos laboratórios já oferece os resultados pela internet. Os usuários do Exude poderão copiar os resultados e visualizá-los em uma moderna interface que permite a organização de todos eles", afirma Toledo. "Os médicos poderão ver os resultados dos seus clientes pela internet, e não somente os resultados atuais, mas todo o histórico de cada paciente. Isso facilita o entendimento do quadro clínico e aumenta a assertividade no diagnóstico."

Parcerias

O site entrou no ar nesse mês e tem 15,2 mil cadastrados, que já estão armazenando exames como os de colesterol, glicose, urina, PSA e hemograma. Para otimizar o recurso, Toledo busca parcerias com laboratórios, que poderão enviar os resultados para o Exude. "Isto evita a digitação e diminui significativamente a margem de erro. Essa parte do projeto começa no próximo mês. Pretendemos utilizar o Laboratório de Análises Clínicas da UEM, o Lepac, como piloto, mas os privados também estão convidados."

Toledo também está desenvolvendo um sistema de recados e um fórum de debates. Os cadastrados poderão compartilhar experiências e os profissionais poderão publicar artigos. "Pretendemos atender todos os tipos de usuário, com todos os tipos de exames e necessidades, e oferecer o serviço para vários países", diz o professor. "Se os profissionais das áreas médica e de enfermagem, técnicos de laboratórios e fabricantes de remédios se envolverem, poderemos ampliar e melhorar os serviços".

A ideia não é comercializar o programa. "Em nenhum momento planejamos ganhar dinheiro. Futuramente, com o crescimento, haverá a necessidade de maior espaço no provedor e banco de dados, mas acredito que vão surgir parceiros", comenta Toledo, que pretende criar uma instituição sem fins lucrativos para gerir o 'negócio'.

Outro ponto positivo é o fim da impressão dos exames, o que reduz o consumo de papel. "Os laboratórios compram programas de computador para registrar internamente os resultados e liberam na internet como se fossem em papel, em arquivos de PDF, mas sem o histórico", diz. "O cliente acaba imprimindo para levar ao médico. Isso já significa uma evolução, mas sonhamos com o tempo em que o médico abra no seu computador o histórico de cada paciente."

A promoter Luciméia Pereira Castro já fez o cadastro. "Hoje a gente passa a maior parte do tempo na internet, o que facilita o acesso aos exames. Só de saber que você não tem papelada entulhada em caixas de sapato já é um alívio", diz ela.

Serviço:

O endereço do Exude é www.exude.sica.pro.br. Depois de se cadastrar, o usuário receberá a senha por e-mail.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.