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A expectativa é que pelo menos 38 escolas de Maringá devem aderir à paralisação nacional de professores convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para esta sexta-feira (24). De acordo com o presidente do Núcleo Sindical de Maringá, Claudemir Onofre Feltrin, os professores vão repor as aulas se houver necessidade, mas a paralisação está garantida. Cerca de 40 profissionais da cidade irão a Curitiba para participar da mobilização.

As aulas devem ser suspensas em todo o estado, em manifestação pelo cumprimento da lei do piso geral do magistério além de uma pauta local de reivindicações da categoria. Em Curitiba, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) fará uma passeata do Centro até o Centro Cívico durante a manhã, com apoio de professores da rede municipal de ensino.

Desde segunda-feira (20), a CNTE coordena a chamada Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, por meio da qual, professores e funcionários realizam debates nas escolas estaduais e municipais em defesa da educação pública brasileira. "O objetivo é pressionar os governos e prefeituras para fazer com que a Lei 11.738, que institui o piso salarial nacional do magistério, seja aplicada nos estados e municípios", explica Luiz Carlos Paixão, secretário de imprensa e divulgação da APP-Sindicato.

A lei do piso entrou em vigor no dia 1.° de janeiro de 2009 e prevê um piso de R$ 950. Em outubro de 2008, o governo do Paraná, junto com o Executivo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Ceará, ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei. Na ocasião, o STF considerou a lei do piso constitucional, porém limitou sua abrangência até o julgamento do mérito da ação.

Segundo Paixão, além da reivindicação de âmbito nacional, os professores do Paraná aproveitarão a ocasião para cobrar pontos da campanha salarial de 2009 da categoria, como a equiparação dos salários dos professores com o dos demais servidores estaduais (que representaria um aumento de 25,97%); melhorias nas condições de trabalho e saúde dos educadores; posse de funcionários aprovados em concursos públicos há mais de dois anos; e implantação do auxílio transporte para os funcionários.

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