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meio ambiente

Projeto pioneiro quer instalar Central de Recicláveis em Maringá

Um projeto pioneiro com sede em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, quer instalar uma Central de Valorização de Material Reciclável (CVMR) em Maringá, com o objetivo de potencializar o setor. Encabeçado pelo Sindicato da Indústria de Bebidas (Sindibebidas) do Paraná, o projeto foi apresentado na noite de quinta-feira (25) ao Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá.

Além de aumentar a capacidade de reciclagem no Município, que segundo a Prefeitura de Maringá é de 6%, a intenção da central também é dobrar o salário dos catadores, profissionalizando o serviço. Em Pinhais, a central recebe o material coletado por 17 cooperativas de cidades da região metropolitana de Curitiba e litoral.

Na CVMR são realizados diferentes processos que envolvem equipamentos que as cooperativas não têm acesso. Esses processos transformam o lixo em matéria-prima passível de ser comprada por grandes indústrias. Segundo o Sindibebidas, os equipamentos como prensa de alumínio e máquina de triturar vidro agregam valor ao material reciclado e potencializam as possibilidades de negociação do material. O lucro é repassado para as associações com base na quantidade de material entregue.

No primeiro semestre de 2013, a central somou 650 mil quilos de materiais reciclados, e a expectativa é que até o final do ano essa quantidade atinja mais de 1,3 milhão de quilos. Para Luiz Roberto dos Santos, secretário Executivo do Sindibebidas, esse dado demonstra que o projeto está em constante evolução.

"Esse crescimento é fruto da participação efetiva das associações de catadores. Quanto mais material eles recolhem, mais limpa a cidade fica, mais benefícios são gerados para o meio ambiente, e maior é retorno financeiro das pessoas envolvidas", afirmou. Santos disse acreditar que até o final do ano, o número de associações que fazem parte do projeto praticamente dobre, passando de 17 para 30 associações espalhadas por Curitiba, região metropolitana e litoral.

Maringá é uma das cidades candidatas a receber o projeto, assim como Londrina e Foz do Iguaçu. Para ter o projeto na cidade, no entanto, deverão ser investidos aproximadamente R$ 3 milhões. O valor inclui os equipamentos necessários para agregar valor aos materiais recicláveis, veículos de transporte dos produtos, e treinamento especializado aos catadores e demais profissionais envolvidos.

Intenção para instalação

A Prefeitura de Maringá não descarta o projeto, porém quer entender como tudo funciona e se a instalação da central será eficiente. "Precisamos ver a eficiência do projeto e se é economicamente viável. Precisamos entender as áreas técnicas, científicas e financeiras", disse o secretário de Meio Ambiente, Umberto Crispim. "Antes disso, eles precisam protocolizar o projetos. Sendo assim iremos analisar."

A instituidora da Funverde, Ana Domingues, disse que a instalação da central aumentaria o salário dos catadores de R$ 300 para quase R$ 1 mil, profissionalizando o trabalho deles no Município. "Essa central receberia todo o material coletado, sem que as cooperativas ficassem lotadas todos os dias. Facilitaria o serviço."

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